"O dinheiro desaparece rapidamente quando gastas mais de 176 mil euros em vinho"
O antigo avançado Nicklas Bendtner abriu o livro sobre os excessos do seu passado
Corpo do artigo
Retirado dos relvados desde 2020, Nicklas Bendtner, antigo avançado dinamarquês, concedeu esta segunda-feira uma entrevista ao jornal Daily Mail, na qual abriu o livro sobre os muitos excessos em que incorreu durante a sua carreira de jogador.
“Desperdicei todo o meu dinheiro. Uma das coisas de que gosto mais sobre mim é que nunca diria que nunca faria algo, mas o dinheiro desaparece rapidamente quando gastas mais de 176 mil euros numa caixa de garrafas de vinho. Na parte traseira dos autocarros, os veteranos costumam falar sempre de vinho. Eu coleciono garrafas de vinho desde os meus 19 anos, tenho cerca de 50 mil neste momento. Quando tinha 24 anos, gastava tudo o que tinha em vinho, casas e arte, mas o dinheiro desaparece rapidamente quando gastas 150 mil libras em vinho”, admitiu.
Atualmente com 36 anos, o antigo dianteiro, que representou o Arsenal, Birmingham City, Sunderland, Juventus, Wolfsburgo, Nottingham Forest, Rosenborg (Noruega), Copenhaga e Tarnby (Dinamarca) na carreira, referiu que “gostava de ter tido mais apoio quando ia pelo caminho errado”, mas mostrou-se orgulhoso por ter levado “uma boa vida”.
Nesse sentido, lembrou uma “estupidez” que cometeu nesses tempos de juventude: “Eu tinha de pagar uma multa de estacionamento que acabou por chegar a mais de 33 mil euros. Recebi a multa e nunca a abri, deixei-a ali até que alguém me chamou e disse: ‘Ou pagas isto ou vêm a tua casa e tiram-te tudo’”, revelou.
Bendtner salientou ainda que a sua carreira também ficou marcada por um acidente de viação, do qual nunca recuperou na totalidade.
“O meu corpo nunca se curou completamente, nunca voltou a ser o mesmo. Era um Aston Martin DBS cinzento, à James Bond. Um grande carro, cheio de estilo, continua a ser o meu favorito. Estava no meu melhor momento no Arsenal, jogando com Arshavin na esquerda e van Persie na frente, e depois desse acidente nunca mais voltei a ser o mesmo”, lamentou.
Agora afastado do futebol, o antigo internacional dinamarquês - marcou 30 golos em 81 internacionalizações - explicou que encontrou a felicidade ao procurar outras atividades para passar o tempo, mantendo-se sempre ocupado.
“Pratiquei mergulho durante três anos e adorei. E o meu próximo desafio é escalar o Evereste. Tenho de encontrar algo que me faça feliz, viajei durante um ano depois de me retirar. Odeio viver sem propósito”, rematou.