Contrato de patrocínio de uma marca de equipamento desportivo à Confederação Brasileira de Futebol assinado em 1996 encontra-se sob suspeita.
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A Nike difundiu esta quarta-feira um comunicado dando conta que está a cooperar com as autoridades no dia em que veio a público, nos Estados Unidos, que uma empresa fabricante de material desportivo terá subornado um funcionário brasileiro não identificado para viabilizar um acordo de patrocínio. Embora nunca seja mencionado o nome da empresa norte-americana, mas apenas que está sedeada em Beaverton, no Oregon, é referida a assinatura de uma parceria em 1996 com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
"A Nike acredita na ética e no fair-play nos negócios e opõe-se fortemente a qualquer forma de manipulação ou suborno. Temos vindo a cooperar, e continuaremos a fazê-lo, com as autoridades", diz o comunicado da Nike.
Segundo a acusação de um tribunal norte-americano, citada pela imprensa, uma empresa de material desportivo acordou, em 1996, pagar 160 milhões de dólares (147 milhões de euros) ao longo de dez anos à CBF para a seleção nacional utilizar em exclusivo equipamento e calçado dessa marca. No mesmo âmbito, e à parte desse contrato, a mesma empresa terá pago 40 milhões de dólares (37 milhões de euros), através de uma conta bancária suíça, ao funcionário de uma companhia de compra e de venda de direitos comerciais e desportivos no Brasil. E uma parte dessa última verba terá sido ainda utilizada para o pagamento de "luvas" a dois executivos, um da FIFA e outro da CBF.
Entretanto, na sequência das notícias surgidas nos Estados Unidos, as ações da Nike sofreram, esta quarta-feira, uma quebra de 0,6 por cento na Bolsa de Nova Iorque.