Em causa um lance caricato do Arsenal que também deixou Thomas Tuchel a reclamar uma grande penalidade
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Após o empate de terça-feira entre o Arsenal e o Bayern (2-2), em Londres, na primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, Thomas Muller, experiente avançado dos bávaros, não se conteve nas críticas à arbitragem, visando um lance caricato dos gunners que também motivou protestos do seu treinador, Thomas Tuchel.
O lance em questão envolveu Gabriel, central do Arsenal, que agarrou com as mãos, dentro da sua área, uma bola proveniente do guarda-redes David Raya, não se apercebendo que o jogo tinha sido retomado.
Apesar das regras ditarem a marcação de um penálti nessa situação, o árbitro não o assinalou, numa decisão que para Muller é incompreensível, de tal forma que o jogador, de 34 anos, até suspeita que Pierluigi Collina, chefe de arbitragem da FIFA e membro da comissão de árbitros da UEFA, esteja a contribuir para algum tipo de “lobbying” contra as equipas alemãs.
"Talvez seja o que Matthias Sammer [ex-jogador] já referiu muitas vezes sobre as equipas alemãs e o lobbying dos colegas de Collina, isso é algo que tem de ser questionado", começou por atirar, em declarações reproduzidas pelo jornal Bild.
Refira-se que o antigo árbitro italiano foi quem apitou a derrota da Alemanha contra o Brasil (0-2) na final do Mundial’2002, o que também terá contribuído para o desabafo de Muller.
"Há regras na Kreisliga [divisão distrital alemã], na Bundesliga e na Liga dos Campeões. O árbitro apita, o guarda-redes joga a bola e um jogador tira-lhe a bola da mão. De acordo com as regras, trata-se de uma mão na bola na área e de uma clara grande penalidade. Posso compreender o argumento do árbitro de que se tratou de um erro infantil. Ele não quer decidir o jogo numa situação tão estranha, mas teve influência no jogo e é sempre melhor seguir as regras. O erro foi demasiado estúpido para que ele atribuísse um penálti, mas não lhe cabe a ele julgar [as regras]", concluiu.