Abel Ferreira e Jorge Jesus são considerados exceções e muito elogiados
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Luís Antônio Corrêa da Costa, Muller, foi uma lenda do futebol brasileiro no final do século passado e agora, como comentador, tem uma opinião bem formada sobre a invasão de treinadores portugueses no futebol do seu país. Em entrevista ao programa Abre Aspas, do Globoesporte, elogiou dois, Abel Ferreira e Jorge Jesus, mencionando, pela negativa, Pedro Caixinha e Vítor Pereira.
"Nós pegamos nas coisas más dos europeus e trouxemos para cá. Infelizmente, é isso. A formação hoje tem treinadores estrangeiros. Não sou contra, até porque o Abel, para mim, é o melhor treinador estrangeiro do Brasil hoje. E é um grande treinador. Eu sou contra treinador ou jogador estrangeiro vir e não fazer nada. O que o Sampaoli deixou de legado, já que essa palavra é tão famosa hoje? O que o Caixinha deixou? O que o Coudet deixou? Não deixaram nada, são treinadores medianos. O Vítor Pereira, que hoje é protagonista em Inglaterra, o que ele fez de bom no Flamengo e no Corinthians? Nada. Então, eu não bato palmas para esses treinadores maus que nós tivemos aqui", comentou.
E insistiu nos elogios a Abel, mencionando também Jorge Jesus: "O Abel, sim, tem que se aplaudir. É um grande treinador, entrou dentro da cultura do nosso futebol, aprendeu e conheceu o nosso futebol. E é por isso que está há cinco anos a ser protagonista e a ganhar títulos importantes. Gostaria de ter o Abel na seleção brasileira, mas reconheço também que os nossos treinadores brasileiros precisam de crescer mais, precisam de despertar. Eu achava que o Jorge Jesus, quando veio, ia gerar um despertar no nosso futebol na classe de treinador. Não houve, muito pelo contrário, houve uma avalanche de treinadores portugueses."