Treinador do Arsenal elogiou o facto de o capitão português do Manchester United ter aproveitado a distância fixada pelo árbitro em relação à barreira dos gunners para marcar um golaço de livre direto
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Mikel Arteta, treinador do Arsenal, elogiou a forma como Bruno Fernandes aproveitou a distância fixada pelo árbitro Anthony Taylor em relação à barreira para marcar um golaço de livre direto que colocou o Manchester United em vantagem no empate de domingo entre ambas as equipas (1-1).
Após a partida da 25.ª jornada da Premier League, a transmissão da Sky Sports notou que a distância entre a barreira de jogadores dos gunners em relação à posição da bola cobrada pelo médio português foi superior em cerca de um metro em relação ao limite definido pelas regras.
Reagindo a esse facto, Arteta recusou criticar o árbitro e preferiu elogiar a forma como o capitão da equipa de Rúben Amorim tirou proveito dessa maior distância para inaugurar o marcador em Old Trafford aos 45+2 minutos, antes do golo do empate de Declan Rice, aos 74’.
“Ele foi inteligente e aproveitou, faz parte do futebol. Ele foi mais inteligente do que o árbitro e não faz mal, eles [jogadores do Arsenal] permitiram que ele o fizesse”, apontou, num discurso aliado ao de Rice, que também preferiu atribuir a culpa do golo à barreira dos “gunners”, da qual fez parte.
“Deu para sentir que alguns de nós saltaram e outros não, mas ainda não revi o lance. Sentimos que a bola voou sobre nós a uma pequena altura a partir da perspetiva da barreira, podíamos ter feito muito melhor. A barreira parecia estar mais recuada, mas mesmo no nosso livre, quando Martin [Odegaard] o cobrou, eles também pareciam estar mais recuados do que o normal. É o árbitro que toma essa decisão”, comentou, dizendo ter havido um critério igual neste âmbito.
Já Christian Eriksen, médio do United, garantiu que este metro extra em relação à barreira faz toda a diferença quando o jogador encarregado de marcar um livre é especialista nesse tipo de lances.
“Faz uma diferença muito grande. Quando a bola passa por cima da barreira, não precisas de acertar tão alto, ela depois desce. Por isso, é mais fácil e isso dá ao Bruno um pouco mais de espaço para a colocar por cima da barreira. Foi muito bom e ajudou que a barreira estivesse cerca de 15 metros atrás [valor exagerado], isso foi perfeito para ele. Mesmo antes do livre dava para ver o quão recuados eles estavam, e aconteceu o mesmo connosco na segunda parte. Claro que ficámos um pouco zangados com o árbitro, mas penso que isso apenas nos beneficiou a nós”, apontou.
“No final do dia, o árbitro está a empurrá-los demasiado para trás, o que é um erro, mas normalmente faria sentido que tu sentisses que estás demasiado recuado e avançasses. Eles não o fizeram e isso acabou com a habilidade de Bruno Fernandes em colocar a bola por cima da barreira”, sentenciou Gary Neville, ex-jogador do United, em direto para o seu podcast.
Reveja o golo do português: