Lionel Scaloni, selecionador argentino, recorda que a Argentina sempre foi uma seleção forte
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Scaloni deu uma entrevista à Marca, na qual assumiu como objetivo treinar em LaLiga e, entre outras coisas, disse não temer o abandono de Messi, Di María e Otamendi (ambos do Benfica) da seleção da Argentina, que levou ao título Mundial há pouco mais de um ano.
"Como vê a seleção argentina quando Messi, Di Maria e Otamendi já não estiverem entre nós? No final, chegou um momento em que Maradona deixou a seleção argentina, Ruggeri saiu, grandes jogadores saíram e a Argentina continuou. Vai doer muito, porque são grandes jogadores que deram muito, mas temos a obrigação, porque a seleção argentina, para além de Leo ou Maradona, sempre foi uma equipa poderosa, e teremos o desafio de continuar a sê-lo sem eles. É esse o nosso objetivo, porque em algum momento eles não vão estar lá: construir uma equipa que seja igualmente competitiva com outros jogadores. É preciso imaginá-lo e estabelecer objectivos para quando eles deixarem a seleção", afirmou.
Scaloni falou ainda da importância de Pablo Aimar, ex-Benfica, na sua equipa técnica: "O Pablo é a cabeça pensante, o que tem uma visão mais aberta, trabalha com os jovens e, para além de ser um amigo, dá-nos essa dose de calma e de tirar o essencial do jogo. Por vezes, nós, treinadores, ficamos loucos com a tática e a estratégia e, no final, é o que ele diz sempre: 'Se os bons jogadores jogarem bem e os juntarmos, tudo será mais fácil'. Há alturas em que pensamos demasiado, e são eles que acabam por resolver o problema. É um pouco como o que acontecia há 25 anos, quando não havia tantas tácticas e os jogadores resolviam tudo em campo. Ele traz isso: 'Não enlouqueçam'. É uma grande ajuda, e trabalhar com amigos é sempre mais fácil."