Mais problemas na justiça para Dani Alves: agora vai ser julgado no Brasil
O futebolista, condenado em Espanha por violação, é acusado por dois compositores brasileiros de se apropriado de uma música alegadamente da sua autoria
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Dani Alves está fora da prisão desde segunda-feira, após ter pagado uma caução de um milhão de euros para aguardar pelo recurso à sua sentença de quatro anos e meio de prisão em Barcelona, por violação, em liberdade condicional, mas nem por isso os seus problemas judiciais acalmaram.
Segundo revelou esta semana o portal UOL Esporte, o lateral direito também vai ser julgado no Brasil nas próximas semanas após ter sido acusado por dois compositores, Giuliano Matheus e o seu filho Thiago, de se apropriar de uma música alegadamente da sua autoria.
O motivo da disputa é a música “Avião”, lançada pelo futebolista em 2020, no âmbito de uma campanha da ONU contra a desinformação espalhada durante a pandemia de covid-19.
De acordo com a denúncia apresentada por Giuliano em 2021, o então jogador do Barcelona conheceu a canção, que alega ser uma homenagem ao seu avô, em 2017, após ter-lhe sido apresentada pelo compositor numa reunião em Itália.
Nessa reunião, o futebolista, que teria demonstrado interesse nessa altura em entrar no mundo da música, até terá sugerido alguns versos para a obra, que foram aceites, isto até a relação entre os dois se ter deteriorado por divergências comerciais, levando a que não chegasse a ser lançada.
No entanto, isso mudou em 2020, com Alves a lançar um videoclipe da música durante esse projeto da ONU, motivando uma queixa judicial dos compositores no ano seguinte: “Ele excluiu fraudulentamente os nomes dos verdadeiros criadores. Ou seja, para fazer uma campanha contra notícias falsas, a ONU usou uma obra de autoria falsa!”, acusaram.
Este mês, o advogado de Dani Alves foi confrontado com esta versão da história, desmentindo-a categoricamente: “A obra foi concebida exclusivamente por Daniel Alves. Nem de longe a letra da música ‘Avião’ guarda uma relação de homenagem ao avô de alguém”.
A defesa do futebolista alega ainda que foi ele quem mostrou a canção a Giuliano e que o compositor apenas fez algumas sugestões que não terão sido aceites. Desse modo, Alves alega estar a ser alvo de uma “armadilha”, tendo frisado que os queixosos não apresentaram “provas documentais idóneas”: “Querem enriquecer ilicitamente”.