Declarações do treinador do PSG antes da final da Champions, contra o Inter
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O PSG partirá com motivação para a final da Liga dos Campeões frente ao Inter, reconheceu o treinador Luis Enrique, ambicionando o primeiro êxito do tetracampeão francês na prova.
“A minha maior motivação é fazer história em Paris. Isso significaria dar imensa alegria a um país, uma cidade e um clube de nível altíssimo. Se formos os primeiros a fazê-lo, seria algo de excecional. O resto faz parte da jornada. Sinto-me muito afortunado por estar aqui e desfrutar do jogo. Aceitarei de bom grado aquilo que o futebol nos der, mas vamos dar tudo e mais alguma coisa”, projetou o técnico espanhol, em conferência de imprensa.
Os franceses defrontam os italianos no sábado, às 20h00 de Portugal continental, na Allianz Arena, em Munique, na Alemanha, no embate decisivo da 70.ª edição da principal competição continental de clubes, que vai ser dirigido pelo romeno István Kovács e terá o português João Pinheiro na função de quarto árbitro. “Temos de nos adaptar ao que o jogo exige e tudo pode mudar com um golo logo a abrir. Saber jogar esta final vai ser fundamental e, nesse sentido, estou otimista. Agora, vamos tentar levar o jogo para os aspetos nos quais somos melhores”, enquadrou Luis Enrique, admitindo mudanças na pressão dos gauleses face à habitual dupla atacante ‘nerazzurra’.
O PSG volta à final cinco anos depois da derrota frente aos alemães do Bayern Munique (1-0), numa decisão realizada sem público no Estádio da Luz, em Lisboa, devido à pandemia de covid-19, e que impediu a concretização do maior desígnio do fundo de investimento Qatar Sports Investments, proprietário do clube desde 2011, sob apoio do Governo local.
“A maior dificuldade é simples de identificar: quando uma equipa recua no campo, sobra pouco espaço e fica complicado desequilibrar, seja contra quem for. Agora, essa é a fase do jogo que a minha equipa mais conhece, pois está habituada a enfrentá-lo. O problema é que o Inter tem individualidades de alto nível ofensivo e defensivo”, frisou Luis Enrique.
O conjunto dos internacionais portugueses Nuno Mendes, Vitinha, João Neves e Gonçalo Ramos pode festejar pela quarta vez esta temporada, após ter alcançado o 13.º título de campeão gaulês, e quarto consecutivo, e revalidado os triunfos na Taça de França e na Supertaça doméstica, atingindo o pleno de troféus internos pela segunda época seguida.
Com o seu palmarés internacional resumido à conquista da edição 1995/96 da Taça das Taças, torneio já extinto, o PSG pode ser o 24.º emblema a sagrar-se campeão europeu, num historial em que o Marselha, vencedor em 1992/93, é o único representante gaulês.
Luis Enrique tem a hipótese de repetir o êxito vivido há 10 anos com os espanhóis do FC Barcelona, cuja quinto e último troféu na principal competição continental foi assegurado ante os italianos da Juventus (3-1), precisamente em solo alemão, mas na capital Berlim. “Há várias situações que são coincidência. São momentos distintos e estou a tentar viver este com a tranquilidade que os anos me deram. Tentei transmitir à equipa a importância de jogar uma final e a oportunidade de fazer algo que ninguém fez antes, mas temos de ter cuidado para não nos empolgarmos demais”, lembrou, perante a chance de ser o 17.º treinador a vencer a prova em dose dupla e o sétimo a fazê-lo por mais do que um clube.
Luis Enrique elogiou a liderança pelo exemplo do avançado Ousmane Dembélé, que, ao lado do espanhol, recordou a emoção dos adeptos do PSG pela ocasião e desejou fazer uma “ótima atuação”, numa altura em que soma 33 golos e 13 assistências em 2024/25. “Talvez fôssemos ainda mais fortes esta época com o Kylian Mbappé, mas não sabemos. Ele sonhava jogar no Real Madrid e o PSG seguiu o seu caminho. Existe um antes e um depois dele neste clube e desejamos-lhe boa sorte, mas estamos focados em nós e eu preparo-me para esta final com calma, seriedade e concentração”, assumiu o avançado.
Na final de 2019/20 jogou o defesa central brasileiro e capitão Marquinhos, que louvou a influência de Luis Enrique na evolução física, tática e mental do PSG e pretende “fazer a melhor partida da sua vida para não deixar fugir a segunda chance” de arrebatar o cetro.
O vencedor da Liga dos Campeões sucederá aos espanhóis do Real Madrid, recordistas de conquistas (15), e apura-se para a Taça Intercontinental de 2025 e para o Mundial de clubes de 2029, encontrando também os ingleses do Tottenham, que ganharam a última edição da Liga Europa, na próxima Supertaça Europeia, em agosto.