Treinador qualificou o Shakhtar Donetsk para os quartos-de-final da Liga Europa, numa partida em que o campeão ucraniano dominou desde o princípio, mas só marcou perto do fim.
Corpo do artigo
O Shakhtar Donetsk de Luís Castro qualificou-se, esta quarta-feira, para os quartos-de-final da Liga Europa, com uma vitória (3-0) sobre o Wolfsburgo. A vantagem que o campeão ucraniano assegurara, em março, no jogo da primeira mão (1-2), deixava margem para uma reviravolta alemã e, apesar do domínio do jogo e das oportunidades que foi acumulando, os golos só surgiram nos minutos finais, e já depois de as equipas terem ficado reduzidas a dez. "Os meus jogadores foram fantásticos", declarou, com um sorriso aberto, na conferência de imprensa.
A expulsão do central Khocholava, no segundo tempo, num lance em que o árbitro inicialmente apitou penálti para o Wolfsburgo e, depois de ver as imagens e assinalou falta fora da área, deixou o Shakhtar Donetsk exposto. "Quem resolveu esse problema foram os jogadores, de modo algum a equipa técnica. Foi fantástico, porque estávamos a passar por um momento bastante complicado. Jogar com dez homens contra este adversário, quando ele ainda tinha tempo para virar o resultado a seu favor tornou-nos a vida difícil", admitiu Luís Castro, mas a equipa soube "evitar problemas". Pouco depois o Wolfsburgo ficou também com dez e a entrada de Kovalenko assegurou o equilíbrio que os ucranianos não se podiam dar ao luxo de perder. "Era preciso fortalecer o meio-campo sem perder o equilíbrio defensivo. Basicamente, tudo funcionou", resumiu o treinador, grato à equipa pelo esforço e competência, traduzidos em três golos à beira do fim.
O primeiro desses golos acabou com a resistência alemã e permitiu construir uma vantagem sólida, a dar a ideia de uma partida fácil, mas isso não existe, avisou Luís Castro. "Há sempre resistência. Acreditem, todos os jogos são difíceis", insistiu, em defesa da qualidade que permite jornadas felizes como a desta quarta-feira: "Esta época, disputámos dez jogos da UEFA e perdemos apenas dois, com o City e o Atalanta. Temos capacidade para jogar em qualquer estádio do mundo, contra qualquer adversário. Sim, às vezes, podemos não vencer, mas pelo menos tantamos, damos tudo. Fico feliz por poder levar alegria e felicidade aos adeptos e aos responsáveis do clube. Essa é a tarefa principal. Nunca nos escondemos do jogo. Deixe-me insistir: o mérito é todo da minha equipa, dos meus jogadores. Quero dar-lhes os parabéns, mais uma vez, pelo grande jogo."