O ministro da Justiça alemão louvou a decisão da federação em manter o particular com a Holanda, depois dos atentados em Paris, que aconteceram enquanto decorria o jogo entre a seleção germânica e a França.
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"Estou muito grato que a equipa da Alemanha esteja preparada para jogar. Cancelar o jogo com a Holanda seria mostrar aos terroristas que estão a ter sucesso", afirmou Heiko Maas.
Devido aos acontecimentos na capital francesa, a federação germânica (DBF) ponderou cancelar o encontro de terça-feira, em Hanover, mas acabou por confirmar a realização do jogo, em que vai estar presente a chanceler alemã, Angela Merkel, e todo o seu gabinete.
"Temos que fazer tudo para assegurar que a segurança está garantida, mas a nossa mensagem é bem clara. Não vamos permitir que a nossa forma de viver seja 'roubada'", frisou Maas.
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou no sábado, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses.
De acordo com o último balanço feito pelos hospitais, das 415 pessoas que foram atendidas após os ataques, pelo menos 42 feridos continuavam no domingo à tarde em vigilância intensiva em unidades de reanimação.
Os ataques, perpetrados por pelo menos sete terroristas, que morreram, ocorreram em vários locais da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo entre as seleções de França e da Alemanha. Os jogadores das duas equipas acabaram mesmo por passar a noite no recinto.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como "ataques terroristas sem precedentes no país".