Entre os participantes no Fórum Ligas Mundiais, em Zurique, há quem aposte no falhanço do "sistema" se os futuros responsáveis da FIFA "não forem capazes de agir após a mensagem de mudança que chega de todo o mundo"
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Os líderes das principais ligas profissionais de futebol mundiais advertiram que um eventual fracasso na tarefa de recuperar a credibilidade abalada da FIFA terá consequências devastadoras para o desporto a nível mundial.
Em conferência de imprensa final de uma reunião em Zurique do Fórum Ligas Mundiais, em Zurique, na Suíça, o presidente da liga holandesa, Jacco Swart, advertiu que "o sistema falhará" se "a FIFA e os seus responsáveis não forem capazes de agir após a mensagem de mudança que chega de todo o mundo".
O presidente da liga francesa, Frederic Thiriez, sublinhou, por seu turno, que as ligas profissionais esperam ser envolvidas no processo de restaurar a credibilidade do futebol.
"Estamos todos a sofrer com esta crise terrível e a imagem terrível do futebol", comentou, afirmando que as ligas querem "participar na reconstrução da FIFA".
A FIFA elege na sexta-feira o nono presidente em 112 anos de história, entre cinco candidatos que se propõem reabilitar o organismo regulador do futebol mundial de um escândalo de corrupção sem precedentes.
O ítalo suíço Gianni Infantino, de 45 anos, e o xeque do Bahrein Salman bin Ebrahim al-Khalifa, de 50 anos, são os favoritos à sucessão de Joseph Blatter, de 79 anos, que anunciou a demissão a 02 de junho de 2015, quatro dias após ter sido reeleito para o quinto mandato consecutivo.
Além do secretário-geral da UEFA e do presidente da Confederação Asiática de Futebol, concorrem também ao lugar de cúpula do futebol mundial o príncipe jordano Ali bin al Hussein, derrotado por Blatter nas eleições de maio de 2015, o francês Jérôme Champagne e o empresário sul-africano Tokyo Sexwale.