Líder blaugrana manteve-se, perante a Imprensa, firme na intenção de o emblema culé participar na competição elitista e criticou as posições de líderes do futebol na Europa
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Joan Laporta, presidente do Barcelona, admitiu, esta sexta-feira, que o clube continua interessado na criação da Superliga europeia, competição fechada e concorrencial à Champions, e que a pretensão do emblema é assegurar a sustentabilidade da modalidade.
"Estava muito avançada quando chegámos [Laporta tomou posse em março último]. Onze clubes tinham decidido que era importante o Barça estar nesta competição. O Barça não vai virar as costas a estes movimentos e ainda mais se os grandes clubes estiverem envolvidos. Depois de rever tudo com os advogados, chegámos à conclusão de que tínhamos de lá estar. (...) A posição do Barça é defender os seus interesses e ajudar o futebol a ser sustentável", afirmou o líder culé, em conferência de Imprensa.
Laporta aproveitou o contacto feito com os jornalistas para clarificar, não obstante a disponibilidade assumida em competir na Superliga, que "a posição do Barça é de diálogo com todas as instituições" que gerem competições europeias, e para dar uma alfinetada.
"Tenho uma comunicação fluída com Tebas, Rubiales, Ceferin, mas, por vezes, vejo reações que me levam a pensar que compreendem o diálogo de forma diferente", criticou o presidente do Barcelona, referindo-se aos homólogos da La Liga, Federação Espanhola de Futebol e da UEFA.
As declarações de Laporta surgem poucos dias após a UEFA ter aberto um processo disciplinar ao Barcelona, além de incluir Real Madrid e Juventus, por ainda não se ter demovido oficialmente da criação da Superliga e de Tebas o ter apreciado, mais uma vez, negativamente.
O presidente da La Liga, organismo que gere as competições profissionais espanholas de futebol, sublinhou, em discurso recente na Plataforma de Aconselhamento de Clubes das Ligas Europeias, que a "Superliga não está morta" e que Laporta "é um náufrago".
Ademais, Javier Tebas condenara, no passado dia 22 de abril, a mudança de opinião do presidente do Barcelona em relação à competição elitista, apresentada à revelia da UEFA, assim que foi eleito para dirigir o clube catalão.
"Há algumas semanas, durante a campanha eleitoral [para a presidência do Barcelona], pensava de forma diferente [sobre a Superliga]. Agora parece ser o máximo defensor da competição", afirmara então o líder da La Liga.