Apesar do seu final de carreira enquanto jogador, o antigo médio alemão não planeia regressar ao seu país, continuando a residir em Madrid, onde vive há dez anos
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Retirado do futebol desde o verão passado, em que jogou pela anfitriã Alemanha no Euro’2024, nem por isso Toni Kroos faz tenções de regressar ao seu país, continuando a viver na capital de Espanha, onde representou o Real Madrid durante uma década.
Em declarações ao portal alemão “Ran”, o antigo médio explicou que sempre se sentiu “muito feliz” em Madrid e que tem toda uma vida instalada naquela cidade, não tendo por isso razões para voltar à Alemanha, ainda que continue a sentir-se ligado ao país.
“Sinto-me alemão, mas sou um alemão que vive muito feliz em Espanha desde há muito tempo e que continuará a fazê-lo. O que tem de acontecer para voltar à Alemanha? Há coisas que provavelmente não acontecerão, por exemplo, é necessário que o tempo melhore, e isso será difícil. No final, trata-se de algo familiar, não decido sozinho. Tenho uma esposa e três filhos”, salientou.
“Creio que também nos sentiríamos cómodos na Alemanha, mas agora mesmo há poucas razões pelas quais deveríamos sair de Espanha. Os miúdos têm tudo aqui: as suas atividades, os seus amigos e a sua escola. E a minha esposa e eu também nos sentimos muito cómodos, por isso não há razão para irmos para outro lugar neste momento. Ver-nos-ão em Espanha nos próximos anos”, garantiu.
Noutros tópicos, Kroos admitiu que não pretende receber mais homenagens pela sua carreira, não contemplando, sequer, participar num jogo de despedida com outros ex-jogadores.
“Não sou o tipo de pessoa para isso. Tive o meu jogo de despedida aqui em Madrid, que ainda era um duelo de Liga, não se tratou de algo organizado. Mas de alguma forma os adeptos fizeram-me sentir como se fosse uma despedida. Não sou alguém que quer que todos venham só por causa de mim, ou que pretenda voltar a ser o centro das atenções”, explicou, concluindo com uma projeção positiva sobre o futuro da seleção alemão.
“As condições estão lá, criámo-las juntos no Europeu. É certo que também se precisa de qualidade, e nós temo-la. Há jogadores muito interessantes, que o serão ainda mais nos próximos anos. Temos um bom treinador [Julian Nagelsmann] e, por fim, há um ambiente na Alemanha no qual as pessoas voltaram a gostar da seleção. Não foi assim durante muito tempo. Veremos no Mundial’2026”, rematou.