O treinador do Liverpool defendeu a oposição oficial do clube em relação à Superliga Europeia, mas salientou que a FIFA e a UEFA "não podem fazer o que lhes apetece"
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Um dia depois de o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) ter considerado contrária à legislação europeia a decisão da FIFA e da UEFA de proibir futebolistas e clubes de participarem em competições privadas, Jurgen Klopp aplaudiu essa determinação.
Apesar de ter reforçado a oposição oficial do clube inglês em relação à controversa Superliga Europeia, o técnico salientou que a decisão do órgão administrativo da União Europeia mostrou às duas entidades que não podem ter um controlo absoluto sobre todos os aspetos do futebol.
“Concordo a 100% com a declaração [do Liverpool], mas estou muito satisfeito por finalmente percebermos que a FIFA, a UEFA e outros organismos não podem fazer o que querem. No futuro, teremos de falar sobre muitas coisas e, se nos limitarmos a fazer as coisas que eles fazem - como organizar mais competições e jogar mais jogos - e não tivermos uma verdadeira palavra a dizer sobre o que se passa... eu gosto que eles levem um abanão”, admitiu, em conferência de imprensa.
O Liverpool, tal como o Manchester City, United, Arsenal, Chelsea e Tottenham, integrou o projeto inicial da Superliga, em 2021, tendo voltado atrás na sequência de uma grande contestação dos adeptos, e reagiu nas últimas horas à decisão do TJUE com um reforço dessa oposição em relação ao tema, do qual apenas restam o Real Madrid e o Barcelona como defensores originais.
“O acórdão de ontem do Tribunal de Justiça Europeu não altera a posição anterior do Liverpool FC relativamente a uma proposta de Superliga Europeia. A nossa participação foi interrompida. Continuaremos a trabalhar com outros clubes através da ECA e a participar nas competições da UEFA”, pode ler-se num comunicado presente no site oficial do emblema.