José Mourinho arrasa VAR: "Se me tivessem dito, não vinha para o Fenerbahçe"
Treinador vincou que o Fenerbahçe "não quer mais" jogos com o árbitro Atilla Karaoglan, VAR na partida com o Trabzonspor, publicando uma decisão polémica em que não interveio num lance de possível penálti para a sua equipa
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O Fenerbahçe, treinado por José Mourinho, venceu este domingo por 3-2 na visita ao Trabzonspor, num jogo da 11.ª jornada da Liga turca que ficou marcado por decisões polémicas de arbitragem, que motivaram inclusive críticas de lado a lado.
Depois de uma partida decidida com um golo de Edin Dzeko, aos 90+12 minutos, a equipa anfitriã mostrou o seu descontentamento com o VAR da partida, Atilla Karaoglan, fazendo uma publicação irónica nas redes sociais, com a imagem da sala de videoarbitragem e a mensagem: “Bravo”.
Mourinho também não poupou nas críticas após o apito final, publicando um lance de possível penálti em que o VAR não interveio nas suas redes sociais e reforçando esse descontentamento em declarações à imprensa turca.
“Hoje, o homem do jogo foi Atilla Karaoglan. Não o vimos no campo, mas ele foi o árbitro do jogo. Sim, esteve um jovem árbitro no campo, mas ele é que foi o árbitro do jogo, atrás das cenas, foi o homem do jogo e conseguiu ser o homem mais importante do jogo, apesar de ser invisível. Falo em nome de todos os adeptos do Fenerbahçe: não o queremos. Não queremos este árbitro, porque ele é muito mau. Ele tem sido muito mau para nós até agora e não o queremos como VAR ou árbitro de campo, mas especialmente como VAR. Foi-me dito muitas coisas quando cheguei aqui, mas não acreditei, mas ele foi ainda pior do que aquilo que me disseram”, apontou.
“É difícil, porque estamos a jogar contra adversários como o Trabzonspor, que tem bons jogadores, um treinador histórico, mas também jogamos contra o sistema. Isso é o mais difícil. Defrontámos uma boa equipa numa atmosfera forte, mas também jogámos contra o VAR e o sistema. É muito difícil, é por isso que festejámos tanto, porque ganhámos uma luta contra pessoas muito poderosas. Não vamos desistir. Também culpo as pessoas do Fenerbahçe que me trouxeram aqui, porque só me contaram metade da história. Se me tivessem dito tudo, não teria vindo. Mas juntamente com os jogadores, estamos a lutar contra os adversários e o sistema”, prosseguiu.
“Isto vai mudar. Se o sistema se tornar ainda mais forte, as minhas palavras voarão, desaparecerão. Mas talvez a família Fenerbahçe esteja mais ciente disso, porque estas ações não são escondidas. Por exemplo, Karaoglan estava a beber café quando um penálti claro não nos foi dado? Ele tem duas explicações, ou estava a beber café naquela altura ou não viu as imagens. Mas temos de nos rir disto agora, porque se levarmos isto a sério, não podemos fazer nada. Eu trabalho na Turquia, este não é o meu país, mas claro que cuido do meu trabalho e clube. De facto, os turcos têm de tomar conta disto e de falar disto, porque se eu for eu falar, serei atacado, o sistema irá criticar-me, castigar-me e a minha boca será silenciada. Como disse, os turcos têm de expressar o que está a acontecer aqui. Estamos limpos”, concluiu, numa reflexão sobre o futebol daquele país.
O lance de que Mourinho se queixa: