Jorge Jesus: a final mais importante e um ex-FC Porto "fundamental" no Flamengo
Treinador português classifica a final do Mundial de Clubes como "a mais importante" da carreira. A equipa brasileira venceu o Al-Hilal por 3-1 nas "meias".
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Liverpool ou Monterrey na final: "Será o que tiver de ser. Quando chegas a um Mundial, as equipas são todas fortes. Nunca nos debruçámos em análise tática sobre o Liverpool, foi sempre sobre o Al-Hilal. Não andamos à frente na escolha, o futebol dá-nos muitas surpresas, o Liverpool é favorito, não tenho dúvidas, mas tem de ganhar. A final para nós será encarada com o mesmo respeito e sem receio de ninguém. Quando chegámos pensávamos que podíamos ser campeões do Mundo, agora estamos na final".
Final mais importante da carreira? "Já estamos num patamar superior aos outros, numa final de campeonato do Mundo, claro que é o jogo mais importante e também do outro treinador que for à final. Se for o Liverpool, [Klopp] já foi à final da Champions, mas o Mundial cada vez será mais importante e mais difícil. É a cereja em cima do bolo em relação à época que o Flamengo fez. Portanto, a resposta é que sim, esta será a final mais importante da minha carreira".
Preponderância do ex-FC Porto Diego na equipa: "O Diego, nesta altura crítica das decisões, tem sido fundamental para a equipa do Flamengo. Tem vindo a impor-se, tem criado condição física, mas também técnica e tática. Já tínhamos falado os dois, disse que ia lançá-lo se precisássemos de um segundo volante, o Gerson não estava a fazer o que normalmente faz. A partir do momento em que tivesse quebras táticas, ia ter quebras físicas. Nunca é fisicamente, é taticamente que se quebra primeiro. Conheço o Carlos Eduardo [do Al-Hilal], senti que não precisava de ter um jogador que defendesse muito, mas sim que atacasse muito. O primeiro golo é uma jogada coletiva brilhante e as coisas começaram a entrar naturalmente dentro dos movimentos que a equipa faz".
Expulsão de Carrillo, do Al-Hilal: "Com a expulsão do Carrillo, o jogo tornou-se mais fácil. Foi um dos melhores da meia-final, é um grande jogador. Queríamos mandar mais no jogo em relação à equipa do Al-Hilal".
Dificuldades criadas pelo Al-Hilal: "As situações que esta competição nos coloca são naturais num campeonato do Mundo, cria-nos dificuldades. Mas o mais importante neste momento é toda a trajetória deste ano desportivo, que é muito importante para a nação Flamengo".
O poderio atacante do Flamengo: "O que importa é qualificar a qualidade destes quatro jogadores [Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta e Éverton Ribeiro], todos eles diferentes e todos eles importantes, que se complementam muito bem. Sentes que a qualquer momento a equipa do Flamengo pode fazer um golo. Se foi a melhor equipa que já treinei a nível ofensivo... Foi uma das melhores, tive a oportunidade de trabalhar com grandes jogadores em Portugal, principalmente no meu primeiro ano no Benfica, que fizeram com que essa equipa fosse muito forte. Neste momento, o que faz a diferença é a forma como os jogadores do Flamengo me receberam, partilharam e aceitaram as minhas ideias. Aí sim, é o grupo mais forte que tive".