Jesus e a comunicação na Arábia Saudita: "Já no Benfica fazia isso..."

Olhando para a experiência que está a ter no estrangeiro, a parte da comunicação ainda é hoje a grande dificuldade na relação entre um treinador e os jogadores? “Penso que não. A comunicação entre treinador e jogador, independentemente de termos jogadores de todo o mundo, a linguagem é comum para todos. Não é por causa de eu falar em português, que aqueles que só sabem falar em árabe não percebem, porque percebem, vão percebendo o nosso método de treino. Com as novas tecnologias é completamente diferente. Já no Benfica fazia isso. Eu falo em português, com os auriculares, e todos os meus jogadores estão a ouvir o que estou a falar na língua deles. Portanto, essa barreira não existe. A única barreira que existe são os adversários. E a minha experiência diz-me que o facto de não falar a língua de muitos jogadores, há uma maior aproximação, porque eles querem saber coisas em português."

Al Hilal está a quatro pontos, mas na prática são cinco, por ter desvantagem no confronto direto. É possível ainda ser campeão este ano? “Sim, acreditamos que sim. Faltam nove jogos. Estamos a quatro pontos, mas o campeonato saudita este ano está mais forte, as equipas estão mais fortes e qualquer equipa pode perder pontos facilmente, tanto em casa como fora. Esta paragem para o Al Hilal foi boa, porque vamos recuperar cinco dos jogadores que normalmente jogavam. Acreditamos que ainda vamos a tempo de recuperar o primeiro lugar, porque é para isso que estamos a lutar."

Tem também as competições asiáticas, Mundial de clubes... "O grande objetivo dos fãs do Al Hilal é a Champions da Ásia. Eles preferem vencer a Champions, em detrimento do campeonato. Eu como treinador, como português, fomos formados para que o campeonato seja o objetivo mais importante. Mas está tudo em aberto. E o Campeonato do Mundo de clubes, onde vão estar o Benfica e o FC Porto, penso que vai ser uma competição apaixonante."