Adeptos quiseram pedir satisfações a jogadores e treinador. Clube não tolera violência e garante que vai punir os responsáveis
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Abel Ferreira atravessa das fases mais difíceis desde que assumiu o comando técnico do Palmeiras. Depois de na madrugada anterior ter perdido frente ao Flamengo, por 2-0, na primeira mão dos quartos de final da Taça do Brasil, o técnico português recebeu a contestação em forma de invasão à Academia.
A claque “Mancha Verde” invadiu as instalações do clube para confrontar Abel Ferreira e os jogadores da equipa depois de três derrotas consecutivas, a quarta nos últimos cinco jogos. Segundo a Imprensa brasileira, os elementos da claque garantiram aos seguranças que queriam apenas demonstrar apoio ao plantel, numa altura difícil. Ainda assim, a polícia foi chamada ao local e o Palmeiras garantiu que vai tomar medidas contra os adeptos envolvidos na invasão.
“A Sociedade Esportiva Palmeiras informa que integrantes da torcida organizada Mancha Verde invadiram a Academia de Futebol na tarde desta quinta-feira [ontem]. O clube acionou prontamente a polícia para que o grupo fosse retirado do local”, divulgou o emblema de São Paulo em comunicado, explicando que os adeptos fizeram ameaças ao grupo: “Antes de deixarem o centro de treinos, líderes da uniformizada, entre eles o presidente Jorge Luís, fizeram diversas ameaças, prometendo novas invasões e atos de vandalismo, além de perseguirem atletas fora do ambiente de trabalho”. O clube garante que vai “tomar providências contra todos os responsáveis”.
Já à porta da Academia, depois da invasão, o líder da Mancha Verde, Jorge Luís, insistiu que queria apenas conversar de forma pacífica e deixou críticas a Abel Ferreira. “O Abel tem errado muito, ele é monstro, mas parece que se tornou pequeno. Pedimos uma mudança de postura dos atletas e do Abel. Ele é o maior da nossa história, mas é passível de ser criticado. A culpa é sempre do outro. Ele tem insistido em atletas que não podem ser titulares”, disse o líder da claque à ESPN Brasil.