Iniesta fala do Barcelona e revela: "Estou a iniciar o curso de treinador"
Declarações de Andrés Iniesta, que confirmou esta terça-feira o seu final de carreira enquanto futebolista, aos 40 anos, numa conferência de imprensa realizada em Barcelona
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Etapa no Barcelona: “Esta etapa não teria feito sentido sem ter vivido a melhor época para o meu clube, o Barça. Foram anos que passámos muito bem, não era só jogar, mas sim como o fazíamos. Foi mágico e único. O que levo é que desfrutámos, os de dentro e a nossa massa adepta. É uma época que simboliza tudo para mim. Poder estar no clube da minha vida, estar nas categorias inferiores, chegar à equipa principal, representar o Barça... é algo único e a melhor memória do mundo. O Barça mudou a minha vida e foi tudo para mim. Não posso esquecer-me do grupo de jogadores e treinadores desses anos, que me tornaram isso único”.
Saída do Barça para o Vissel Kobe, do Japão: “Em 2018 tomámos uma das decisões mais difíceis, com um certo risco. Deixar o Barça para irmos ao Japão, depois desses cinco anos, foi uma experiência maravilhosa. Uma bonita história com um clube humilde, os seus primeiros títulos e por ter feito crescer o clube. Mas ao nível familiar foi a história mais bonita que tivemos. O Kobe e o Japão acolheram-nos de uma maneira incrível, depois acabou essa etapa e olhámos para o passo seguinte, com vontade de nos aproximarmos de Espanha. Fomos aos Emirados Árabes Unidos para jogar um mais um ano, continuando a pensar no próximo passo”.
Próximo passo como treinador: “O futebol termina nesta etapa. O jogo continua... Não posso estar muito longe do futebol, tem sido a minha vida e continuará a sê-lo. Estamos a trabalhar em diferentes projetos. Neste passo seguinte tenho essa motivação de continuar a formar-me fora do futebol, mas da mesma maneira. Preciso de aprender, de errar, de me formar no projeto dos clubes que temos, nas academias... que são um legado que pretendo manter. E desde já estou a começar o curso de treinador. Quem me conhece sabe que sou bastante casmurro, espero fazer um grande trabalho não a correr atrás da bola, mas sim desde o outro lado, mas com muita ambição. Se há uma palavra que pode resumir esta etapa é orgulho. Orgulho por ter lutado até ao último dia como futebolista e o resto é história: títulos, derrotas, momentos maus... mas o orgulho e nunca me ter rendido é algo que me faz feliz. Com pena, porque teria jogado até aos 90 anos, mas feliz por ter cumprido o sonho de ser futebolista”.