Mesmo com bancadas vazias, o impacto económico da final a oito em Lisboa, entre 12 e 23 de agosto, atingirá, segundo o Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM), 50,4 milhões.
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Apesar de a competição, dividida entre os estádios de José Alvalade e da Luz, ser disputada à porta fechada, são esperados em Lisboa cerca de 16 000 adeptos sem bilhete. Para a final, os visitantes serão 3300. Um número que integra os 600 elementos das comitivas das equipas, 400 jornalistas, 1.000 pessoas de staff de apoio à competição, a par de 1.000 convidados da UEFA, 200 elementos de produção de televisão e 42 elementos das equipas de arbitragem.
O estudo do IPAM pretendeu avaliar e caracterizar o potencial impacto económico em Portugal da final 8 da Liga dos Campeões 2019/20, assim como compreender a origem deste impacto e a influência nos diferentes setores de atividade, bem como analisar o alcance mediático global da final da Champions.
Para a cidade que acolhe a final, as vantagens serão várias. Para além do potencial de visibilidade que a cidade e o país beneficiam, existe um conjunto de impactos económicos diretos devido a estes sete jogos. Ao nível do impacto económico, está previsto que 49% seja atribuído a refeições em casa e ao ar livre. Destaca-se ainda 13% para alojamento, viagens (9%), atividades turísticas (5%), hospitalidade (4%), compras (3%), diversão (3%), catering (3%), atividades de patrocinadores (3%), eventos especiais (3%), logística, outros serviços e segurança (5%).
Devido ao atual contexto, a final a oito da Champions deste ano terá um formato inédito que originará estadias mais longas do que uma final tradicional de um dia, o que implicará que as comitivas das equipas finalistas fiquem alojadas em Lisboa durante um período de 15 dias ininterruptos.
O impacto mediático dos jogos será muito forte e representa uma extraordinária campanha de promoção para Portugal, uma vez que a final de 2019 teve uma audiência de 400 milhões espetadores em 217 países e gerou mil milhões de interações nas redes sociais. A televisão continua a assegurar mais de 70% da audiência total, apesar da forte procura pelos serviços de "streaming". Em média, os telespectadores da Liga dos Campeões assistem a mais de uma hora da final, embora a tendência nos últimos anos tenha vindo a diminuir.
Em termos comparativos, a final de 2014 da Champions gerou 46 milhões de euros de impacto económico em Lisboa, enquanto a Final 8 de 2020, com sete jogos sem público, pode atingir os 51 milhões de euros.