Antigo craque do FC Porto pediu desculpa aos adeptos do Atlético Mineiro por um ano de 2024 desapontante, em que só venceu o campeonato mineiro, tendo sido derrotado na final da Taça do Brasil e da Taça Libertadores
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Após ter terminado o Brasileirão na 12.ª posição, Hulk, internacional brasileiro do Atlético Mineiro, revelou que jogou lesionado nos últimos três meses, salientando o sofrimento que atravessou para conseguir competir nesta reta final de temporada.
“Agradecer a Deus por tudo que passámos, é preciso ter força para passar por cima de alguns obstáculos e, sim, nós temos forças para passar por cima de situações complicadas. Agora, é descansar com saúde e com a família. Eu estava a sofrer muito com uma lesão colateral no joelho, sofri muito, com muita dor, muito sacrifício. É difícil acabar o jogo, passam dois, três dias a doer, levas injeção para jogar, jogas com dor... Graças a Deus, vamos ter um mês para descansar”, desabafou, em declarações à Imprensa local, após o jogo da última jornada com o despromovido Athletico Paranaense (vitória por 1-0), em que falhou um penálti.
O antigo craque do FC Porto, de 38 anos, aproveitou ainda para pedir desculpa aos adeptos do Atlético Mineiro pelo final de época desapontante da equipa, que fechou 2024 apenas com a conquista do campeonato regional, tendo sido derrotada pelo Flamengo na final da Taça do Brasil e pelo Botafogo, de Artur Jorge, no derradeiro jogo da Taça Libertadores.
“Agradecer à nossa massa [adepta] que hoje não pôde estar aqui presente [clube foi castigado com um jogo à porta fechada] e pedir perdão por algumas coisas, mas futebol é isso. Nós trabalhamos para conquistar e não conseguimos alcançar o que almejávamos. Ficámos muito perto de fazer história neste clube tão maravilhoso, mas não conseguirmos. Tínhamos papel e caneta na mão, faltou palavras para escrever. É levantar a cabeça, o ano de 2024 passou com apenas um título, mas temos de enaltecer também que somos a equipa que mais jogou este ano, com pressão psicológica, chegámos exaustos. No intervalo, disse a Lucas [Gonçalves, treinador-interino] que aguentava mais 15 minutos, ele disse para aguentar mais um pouco, e eu fui até não aguentar mais”, contou.
“A semana toda foi muito difícil para nós, por tudo que construímos este ano e por tudo que este plantel tem de positivo. Chegar na última jornada numa situação tão complicada é um preço muito caro a ser pago. Futebol é isso, tem coisas que não dá para explicar. Mas o que fica é isto, no meio de muitas tribulações, dores de cabeça, cansaço físico e mental, pressão psicológica, pressão em casa, pressão na rua, nós conseguirmos ter dado esta resposta é muito positivo”, enalteceu, em jeito de conclusão.
Recorde-se que o Atlético Mineiro chegou à última jornada do Brasileirão em risco de descer à Série B, num lugar que acabou destinado ao Athletico Paranaense.