Capirtão da seleção de Inglaterra visado por jogar na Arábia Saudita, depois de ter sido um defensor dos direitos LGBT
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A Inglaterra bateu a Austrália por 1-0, em Wembley, na sexta-feira, e o capitão inglês Jordan henderson foi alvo de uma enorme assobiadela.
Aquele que foi um dos grandes promotores e defensores dos direitos LGBT, acabou por umar no defeso à liga da Arábia Saudita, o que o público britânico não aceitou bem.
"Não, não estou surpreendido porque consigo compreender as razões. Vejo as coisas de um ponto de vista diferente, obviamente, mas compreendo-as e tenho de aceitar. Isso não muda a pessoa que sou. Estou a jogar futebol num país diferente, na Arábia Saudita, onde quero tentar melhorar o jogo em campo, mas também fora dele. É tudo o que estou a tentar fazer. Não é bom ser vaiado pelos nossos próprios adeptos, mas as pessoas têm as suas opiniões. Sempre que passo por alguém na rua, dizem-me sempre coisas positivas e simpáticas. Se as pessoas me quiserem vaiar se eu jogar noutro país, tudo bem. Como já disse, toda a gente vai ter uma opinião enquanto eu jogar na Arábia Saudita", começou por dizer ao The Telegraph.
"Sim, é futebol. Não sou um político. Não me vou envolver em política. Tudo o que sempre fiz foi concentrar-me no meu futebol e tentar ajudar as pessoas que me pediram ajuda. Quando entro em campo, estou apenas a jogar futebol, a tentar melhorar a liga, a tentar melhorar a minha própria equipa e a tentar ganhar jogos de futebol. Faço o mesmo que faço quando venho para cá com a seleção. Já falei no passado sobre as razões. Se as pessoas acreditam em mim ou não, isso é com elas. Mas quando estou aqui com a Inglaterra, nada muda. Dou tudo de mim. É claro que é uma desilusão, mas isso não vai mudar o que faço aqui. Quero continuar a jogar, continuar a lutar e ajudar a equipa a ter sucesso. Ir para a Arábia Saudita foi uma óptima decisão. Podia continuar a jogar regularmente. Talvez não numa liga de topo como a Premier League, claro... Mas vejam os meus números e o meu desempenho num jogo, seja na Arábia Saudita ou aqui com a Inglaterra. Não vejo isso como um problema", sentenciou.