Guardiola: "Lidar com o legado de Alex Ferguson não é fácil para o United"
O treinador do Manchester City fez a antevisão ao dérbi que o tricampeão inglês vai ter no domingo, no Etihad, contra os red devils
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Pep Guardiola anteviu esta sexta-feira a receção que o Manchester City fará aos rivais do United no domingo (15h30), num dérbi a contar para a 27.ª jornada da Premier League.
“O que aprendi com a minha experiência é que temos de ser mais calmos e relaxados neste tipo de jogos. Não podemos falar sobre demasiadas coisas, apenas focar-nos em aspetos táticos. É disso que se trata se queremos vencê-lo, não é uma questão de emoção”, começou por defender, em conferência de imprensa.
“Eles foram capazes de vencer os Wolves e o Luton e nós sabemos o quão difícil isso é, tal como vencer em casa do Aston Villa, o que fizeram há algumas semanas. Isso prova que têm uma qualidade incrível. Conseguem criar algo especial a partir de uma única ação e o United sempre foi assim, quando jogam bem, ganham jogos. Estamos em março e eles só perderam um jogo em 2024, por isso a consistência que produzem está lá. Temos de preparar taticamente o que pudermos e tentar vencer o jogo, de forma a continuarmos no topo”, prosseguiu.
O treinador do tricampeão inglês, que segue na vice-liderança da Liga inglesa, a um ponto do líder Liverpool (60) e com 15 de vantagem sobre o United (sexto), descartou ainda que a sua equipa seja a mais dominante da história da Premier League.
“Nos anos 80 foi o Liverpool, na década de 90 foi o United e agora fomos nós a vencer sete Premier Leagues nos últimos 11 ou 12 anos. Já aconteceu no passado, mas em 50 ou 60 anos nunca houve um clube que dominasse e controlasse tudo num só país. Por isso, podemos tentar estender o que temos feito pelo máximo de anos possível”, apontou.
De resto, Guardiola considerou que o United “tem dificuldades” em lidar com o legado deixado pelo lendário Alex Ferguson, que se despediu de Old Trafford em 2013, o que encara com naturalidade.
“Nos clubes grandes, tens de vencer. Não é fácil para o United, que tiveram um período incrível de grande sucesso com Sir Alex. Lidar com isso não é fácil e, às vezes, consigo entendê-lo. Antigamente, os clubes grandes tinham mais paciência com os seus treinadores, mas hoje em dia existe muita pressão. Mas não sei porquê, não estou ali”, concluiu.