Gana agridoce para apagar: "2014 nem vai passar pelo pensamento de Ronaldo"
Primeiro adversário de Portugal no Mundial traz à tona uma vitória que soube a desaire.
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Com a contagem decrescente para o arranque do Mundial"2022 encerrada, chega a hora de contar os dias para a estreia de Portugal na competição.
E faltam apenas três, uma vez que, na quinta-feira (16h00), a Seleção Nacional inicia a participação diante do Gana, uma das cinco seleções africanas em prova e um adversário de memória agridoce.
O único duelo entre as duas congéneres remonta a 2014, na 3.ª jornada da fase de grupos do Mundial e, apesar de ter terminado com a vitória lusa - 2-1, com um autogolo e um tento de Ronaldo -, a verdade é que esta foi insuficiente para chegar aos oitavos de final. A equipa das Quinas precisava de uma goleada e nessa seleção, então orientada por Paulo Bento, estava Hugo Almeida, que a O JOGO, recorda a partida com um travo mais para o... amargo.
"Tentámos de tudo, acabámos por vencer, como queríamos, mas não pelos números necessários. A vitória foi moral, nada mais, sabíamos que tínhamos tentado de tudo, mas não deu", conta o antigo avançado, que não apaga a "tristeza enorme" que o grupo sentiu após o tombo.
Nesse triunfo inglório também estiveram Cristiano Ronaldo, Pepe e Rui Patrício, os únicos da geração que continuam a envergar a camisola nacional e voltam a marcar presença na principal competição de seleções. Hugo Almeida, no entanto, descarta qualquer sentimento de "vingança" fala em "cabeça limpa" e aponta um contexto totalmente diferente. "Esse jogo está ultrapassado. No caso do Cristiano, o único desejo dele é fazer de Portugal campeão do mundo, 2014 nem lhe vai passar pelo pensamento. Sei como ele é, nesta fase só pensa em vencer e acredita que as coisas lhe vão sair bem", assegura o agora adjunto de José Morais no Sepahan (Irão). Ainda sobre CR7, o ex-futebolista aborda a recente entrevista a Piers Morgan e garante que não deteta impacto negativo na Seleção. "Não vejo como é que qualquer polémica relacionada com isso possa entrar no balneário da Seleção. Já sabemos, por mínimo que seja algo que o Ronaldo faça, a repercussão é enorme. Deu a entrevista, mas é algo que não passa para o grupo. Todos sabem distinguir as coisas", assevera.