Até recentemente, Abel expressava o desejo de tirar um período sabático após o fim do contrato, para passar mais tempo com a família.
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Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, surpreendeu ao adotar um tom descontraído ao falar sobre o seu futuro no clube, depois de semanas de especulação. Há cerca de duas semanas, o treinador português afirmou que o seu ciclo terminaria em dezembro de 2025, data em que termina o atual contrato. Porém, no último domingo, brincou ao dizer que poderia permanecer "até 2030". Apesar da declaração bem-humorada, não há movimentação concreta no clube para tratar de uma renovação imediata, refere a imprensa brasileira.
O Palmeiras, sob a gestão de Leila Pereira, renovou com Abel no início do ano com o foco principal de mantê-lo ao menos até 2024, ano em que o equipa disputará o novo Mundial de Clubes, que também conta com a participação de Benfica e FC Porto. No entanto, a presidente já sinalizou que, caso seja reeleita em novembro, planeia oferecer uma nova proposta de renovação até 2027, quando termina esse novo mandato.
Até recentemente, Abel expressava o desejo de tirar um período sabático após o fim do contrato, para passar mais tempo com a família. Mesmo assim, tanto a atual gestão quanto a oposição, liderada por Savério Orlandi, candidato à presidência, veem o treinador como peça central nos próximos anos do clube. A permanência de Abel dependerá, em grande parte, de sua vontade pessoal.
Em sua última entrevista, o técnico condicionou a possibilidade de estender seu vínculo a um calendário menos preenchido, algo que se tornou mais viável após as eliminações da Taça do Brasil e da Libertadores. “Se calhar, se a Leila quiser, se jogarmos semana a semana, consigo ficar aqui até 2027 ou 2030”, comentou o treinador, reforçando sua crítica à intensa agenda do futebol brasileiro.
Embora Abel tenha mostrado disposição para continuar, o cenário do calendário de jogos é um desafio. O treinador é um crítico do excesso de partidas, mas as competições — como o Paulista, a Taça do Brasil, a Libertadores e o Brasileirão — seguem exigindo muito. Mesmo assim, Abel demonstrou que o equilíbrio entre vida profissional e pessoal será um fator determinante ao tomar sua decisão.
Após a vitória sobre o Criciúma, compartilhou: "Vou descansar, perguntei à minha mulher onde vamos jantar, disse que eu pago. Posso levar minhas filhas à escola. Preciso viver, também. Isto dá-me energia, se calhar fico mais leve, consigo dormir melhor".