"Foi uma alegria ver o impacto do Diogo Costa. Ajudou-nos e foi decisivo"
Diogo Leite, íntimo na formação do FC Porto, quando imperava na defesa a saga dos Diogos, rejubilou com brilho do amigo
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Senhor de 80 jogos no futebol alemão nas últimas duas épocas, posicionando-se como referência do setor defensivo do Union Berlim, Diogo Leite também teve as suas ambições de caber nos eleitos de Roberto Martínez mas não conseguiu entrar no grupo. Próximo da competição por acontecer, na Alemanha, o antigo central do FC Porto e Braga, falou em exclusivo ao JOGO, sobre o momento alto das emoções nacionais na competição, que vieram no desempate por grandes penalidades. Depois do drama de um penálti falhado por Ronaldo no prolongamento, emergiu Diogo Costa, épico, a empurrar Portugal para os "quartos". Um grande amigo de anos e anos no FC Porto e nas seleções.
“Foi algo fantástico. Joguei muito tempo com ele, conhecemo-nos muito bem. Fiquei imensamente feliz pela nossa vitória mas ainda muito mais por ele. Merece tudo pelo que trabalhou para estar onde está e para conquistar o que conquistou. Tudo mérito dele!”, resume Leite. “Foi uma alegria ver o impacto do Diogo, ajudou-nos, foi decisivo. Sempre teve essa calma e frieza em todos os momentos. Nunca demonstrou nervosismo, desde novo”, explica, encontrando um crédito impagável que se cola a cada companheiro. “Dá confiança a toda a equipa, sempre senti isso com ele, a baliza está segura, ele demonstra a sua tranquilidade, tanto a defender como com a bola nos pés. E um aspeto entre muitos do Diogo, é que sempre foi muito forte nos penáltis”, destaca o central da Bundesliga. “Nos treinos sempre que tínhamos cobranças para fazer, era muito difícil marcar-lhe. É uma característica forte mas, felizmente, ele tem muitas. Já o tínhamos visto brilhar pelo FC Porto na Champions, travando penáltis ao Leverkusen. Para ele é uma coisa normal, é fantástico que diga presente nos momentos decisivos”, elogia.
“Se alguém erra ele dá a volta”
Diogo Costa não escondeu as lágrimas no final, abraçado de felicitações com um estádio a testemunhar a sua grandeza. “Foi certamente um desempate emotivo para ele. Principalmente pelo que ele fez no jogo, por tudo o que já passou, por sentir que o trabalho dele foi recompensado de forma tão importante. Deu um exemplo da sua qualidade e frieza, conseguiu estar ao melhor nível quando Portugal precisava”, relata Diogo Leite, recuando à intimidade do Olival. “Na formação todos tínhamos essa noção que ele chegaria ao patamar mais alto. Senti sempre que ele ia chegar lá e demonstrar tudo o que tem. Qualquer jogador pode errar, que ele está sempre por cima, consegue dar a volta. É o que tem feito, neste jogo e em toda a carreira”, nota Leite, esperançado numa conquista lusa na Alemanha. “Eu e todos os portugueses imaginam e sentem que é possível. Já não falta muito, são três jogos, serão difíceis, este o mais difícil contra a França. Mas temos uma seleção de grandíssima qualidade, que tem tudo para chegar à final e trazer a alegria que todos querem em Portugal. Estou a torcer para que façamos história novamente, venha outra Taça para Portugal.”