Declarações de Luís Figo, que concedeu esta terça-feira uma entrevista ao portal Goal
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Por que decidiu viver em Madrid após ter terminado a carreira, em 2009? “Eu gosto muito de Madrid, vivo aqui há quase 20 anos. Decidi regressar porque estava a construir a minha casa quando saí [do Real Madrid, em 2005], foi uma decisão familiar. Estou muito feliz com a forma como fui recebido pelas pessoas e pela cidade”.
Qual é o melhor estádio em que já jogou? “Tive a oportunidade de jogar em estádios de grandes equipas na Europa, por isso estou familiarizado. Talvez o antigo Estádio Wembley [seja o mais impressionante]. Joguei uma vez no estádio novo num jogo solidário, mas prefiro o antigo por causa da sua história”.
Previsões para os quartos de final da Liga dos Campeões: “Estamos a chegar a uma fase com todos os ‘tubarões’ grandes, por isso acho que serão jogos agradáveis de se ver. De certeza que haverá dois clubes grandes a disputar a final. É difícil dizer quais, porque o Real Madrid tem uma grande história e o Manchester City é forte e podem sempre acontecer surpresas, como o Inter no ano passado. Temos de esperar um bocado, mas certamente que teremos grandes jogos a caminho”.
Venceu a sua única Liga dos Campeões em 2002, ao serviço do Real Madrid: “Foi um sonho tornado realidade. Quando comecei a jogar futebol chamava-se Taça dos Campeões Europeus e quando era criança via-a sempre na televisão e seguia os nomes grandes. Sempre sonhei em vencer a final um dia. No final, quando o consegui, foi um sonho realizado”.
Em 2005, esteve perto de rumar ao Liverpool, mas decidiu reforçar o Inter: “Sim, na altura foi uma possibilidade. Estava perto, estava a negociar com Rafa [Benítez], mas no final não aconteceu por várias razões. Na altura, o Liverpool estava a ter dificuldades e não decidiam se me contratavam ou não, então decidi não ir para lá. Não sei [do que estavam à espera], mas a cada semana diziam algo do tipo: ‘Estamos à espera para fazer isto’ e depois assinaram com outro jogador. Por isso, disse: Vá lá, isto não pode acontecer, não posso esperar tanto tempo’. Decidi escolher a opção mais certa e segura naquele momento. Para mim, jogar pelo Inter foi a melhor decisão, estou muito grato pelo amor que os adeptos me deram num período importante da minha carreira. Senti-me muito amado e apoiado ali, foram quatro anos incríveis”.