Fernando Santos: "Champions? Sou ambicioso, mas temos de ser realistas..."

Acredita que o Besiktas irá qualificar-se para a Liga dos Campeões? “Receber o convite para dirigir este gigante do futebol turco foi uma grande honra. Estamos a analisar o plantel com calma. Há uma coisa que sempre tive em mente como treinador: ganhar. Sou muito ambicioso e sou um treinador que constrói equipas para ganhar, mas tenho consciência de que chegámos a meio de uma época em que alguns objetivos foram afetados e temos de ser realistas quanto às hipóteses que a equipa tem de se qualificar para a Liga dos Campeões. Quando cheguei, a distância para a Liga dos Campeões já era muito grande”. 

Diferenças entre treinar um clube e uma seleção: “São duas realidades diferentes, com ritmos e tarefas diferentes, mas ambas com desafios muito estimulantes. Nas seleções nacionais tudo está mais ligado, há menos tempo, e trata-se muitas vezes de reabilitar fisicamente os jogadores e de transmitir eficazmente as minhas ideias no pouco tempo disponível para os treinos. Nos clubes, é possível trabalhar a uma escala mais longa, temos uma equipa para gerir e sabemos mais com o que podemos contar, porque nas seleções os jogadores não trabalham connosco todos os dias, ao passo que o contacto nos clubes é constante. Nas seleções, trabalha-se mais no controlo do jogo do que no treino e no jogo, enquanto nos clubes há, naturalmente, muitos treinos e jogos, e é isso que eu gosto de fazer, treinar equipas e ajudá-las a ganhar jogos e a atingir objetivos”. 

Jorge Jesus e Luís Castro estão na luta pelo título da Liga saudita, ao serviço do Al Hilal e Al Nassr: “Tenho acompanhado o campeonato saudita, sobretudo depois do forte investimento feito por muitos clubes. O Luís e o Jorge estão a fazer um grande trabalho, porque são excelentes treinadores. Outro treinador muito bom é o Pedro Emanuel [orienta o Al Khaleej], conheço-os a todos muito bem. Estão a construir equipas muito competitivas e o campeonato vai ser muito interessante de seguir”.