Fàbregas abraçou carreira de treinador: "Foi o melhor que me podia ter acontecido"

Cesc Fàbregas, antigo internacional espanhol que passou pelo Barcelona, Arsenal, Chelsea e Mónaco, decidiu pendurar as chuteiras em julho deste ano, aos 36 anos, depois de uma época ao serviço do Como, da segunda divisão italiana.

No entanto, o ex-médio não ficou muito tempo afastado do futebol, tendo transitado para treinador da equipa de sub-19 da formação transalpina, uma decisão de que não se arrepende nem um bocado, tal como salientou este sábado, em declarações ao jornal The Mirror.

"É a melhor coisa que me podia ter acontecido. Retirar-me ao fim de 20 anos não é fácil e nunca pensei que fosse gostar mais de algo do que jogar futebol. Mas não tenho saudades disso por causa de ser treinador. Isto toma 88 por cento da minha vida, o resto passo a dormir e a tentar fazer o que posso pela minha família", começou por afirmar.

Questionado sobre o lugar discreto onde decidiu iniciar a vida de treinador, Fàbregas referiu a importância do "timing" para um técnico inexperiente, dizendo estar a atravessar numa fase inicial de aprendizagem. 

"É definitivamente um passo. Eu não tive uma preferência [para primeiro cargo de treinador], mas sabia que queria que fosse [a escolha] acertada. O timing é muito importante e eu ainda sou muito novo, não quero apressar nada. Todas as novas experiências serão bem-vindas, estou a desfrutar e a aprender mil coisas novas todos os dias", destacou.

Enquanto jogador, Fàbregas teve a oportunidade de aprender com alguns dos treinadores mais respeitados da história do futebol, nomeadamente Arsène Wenger, Pep Guardiola, José Mourinho e Vicente Del Bosque. Em relação aos mesmos, o antigo médio revelou que ainda tem apontamentos num caderno sobre algumas das instruções que recebeu.

"Fui muito sortudo, abençoado, por ter trabalhado com tantos grandes técnicos que tinham ideias diferentes. Todos eles tornaram-me num jogador melhor e todas essas ideias diferentes têm-me ajudado", finalizou.