Fábio Martins elege Pedro Gonçalves como o jogador que mais o surpreendeu

A jogar há várias épocas no futebol árabe, Fábio Martins viveu as suas grandes épocas em Portugal ao serviço de Braga, Chaves e Famalicão, acompanhando ótimos plantéis e vendo de perto o estado bruto de algumas revelações, como foram os casos de Pote, um desconhecido quando chegou a Famalicão, e Rafa, uma aposta séria do Braga mas vinda da II Liga, do Feirense. O extremo do Al Khaleej é taxativo sobre aquele que mais voou, no que diz respeito à dimensão de sensação encaixando isso no trajeto encetado.

"É difícil definir o colega que mais me surpreendeu, mas talvez fique pelo Pote. Chegou num registo de autêntico miúdo a Famalicão, se calhar, sem a perspetiva do impacto que conseguiu nesse ano. Faz uma época brilhante e salta para o Sporting. Já foi melhor marcador da equipa, já foi duas vezes campeão, atingiu a Seleção, apesar de não ter lá a regularidade que desejaria. Acho que é, no fundo, um caso de sucesso que poucos esperavam", relata, compreendendo a azia do antigo companheiro pela falta de maior espaço na Seleção, embora o arranque de temporada faça crer que Roberto Martínez o irá incluir na próxima lista.

"É normal que haja uma frustração, o mesmo aconteceu com o Rafa, outro ex-colega, porque têm total legitimidade para acharem que devem estar lá. Têm números, golos, assistências...e olham ao seu rendimento e têm tudo para exigir estar com a Seleção. Mas quando tens um País com tanto jogador de qualidade fica difícil, haverá sempre alguém a ficar chateado. Temos muitas soluções, o treinador é só um, que decide os melhores na ideia dele. Tem de haver alguma compreensão mas um e outro têm feito muito para merecerem esse lugar, embora sabendo-se da situação já diferente do Rafa. Infelizmente não foi possível em muitos momentos concretizarem esse sonho", explica.