Projeto ambicioso e salário ao nível do que se ganha num grande clube português motivaram o avançado a assinar pelo Ratchaburi. "Para fazer a diferença, pois essa é a obrigação dos estrangeiros", diz.
Corpo do artigo
Mordomias e algumas novidades: em Ratchaburi, Yannick Djaló primeiro estranhou, depois entranhou. Falta a alimentação nos estágios: essa ainda lhe custa um pouco a engolir. É questão de tempo.
Foi apresentado no Ratchaburi com muita pompa, nos primeiros dias de fevereiro. É verdade que o tratam como um príncipe?
-[risos] Não digo como um príncipe, mas cuidam muito bem de mim, sim. Dão-me tudo o que preciso. Aqui, há uma especial atenção com os estrangeiros. Temos de ter estabilidade para podermos render, porque somos exigidos dentro de campo. Fico feliz com as condições proporcionadas. O nosso presidente tem 32 anos, adora e vive intensamente o futebol; está em todos os treinos - não falta a um - e até joga connosco. Não nos deixa ter razões de queixa. Por outro lado, o nosso técnico [José Rojo Martín, conhecido por Pacheta] jogou muitos anos no Espanhol de Barcelona e tem excelentes métodos de trabalho. É mais um ponto a favor. A maior diferença que encontrei foi ter de tratar do equipamento...
Eh lá, que grande mudança. Conte lá essa...
-O presidente está a construir um novo estádio, que será inaugurado já no próximo dia 12 de junho. Entretanto, como não há casa fixa, deram-nos vários equipamentos de treino e temos de tratar deles - chuteiras incluídas. Fiquei surpreso e meio confuso no dia em que me disseram que tinha de ser eu a lavar o meu equipamento, mas agora já é normal, estou habituado.
Vai sempre de carro para os treinos?
-Sim, sempre. Conduzir aqui é bastante perigoso, temos de estar atentos a tudo; é uma aventura. Mas tenho muitos colegas de equipa que se deslocam de moto, e sem capacete. A cultura deles é diferente da nossa e hoje já nem ligo. Mas cheguei a ver três/quatro pessoas numa Scouter, sem capacete - até com bebés. De início, fazia-me uma confusão desgraçada. E eu até filmava.
E a alimentação?
-É o que me custa mais! Nos estágios, os estrangeiros sofrem um bocadinho. Olhe, tenho um colega que precisa mesmo de levar comida de casa - a mulher faz e ele leva. Para os locais, no entanto, os estágios são uma maravilha.
Ler a entrevista completa na edição impressa e e-paper.