Selecionador francês abriu o jogo sobre o regresso do avançado às contas dos campeões do Mundo.
Corpo do artigo
A chamada de Karim Benzema ao Europeu, pela seleção de França, foi a grande surpresa da convocatória anunciada por Didier Deschamps há cerca de duas semanas.
O avançado não era chamado à equipa "bleu" desde 2016, depois de ter estado envolvido na polémica da chantagem sexual a Mathieu Valbuena, ex-colega de seleção, mas voltou a entrar nas contas do timoneiro gaulês após uma "longa conversa".
"A decisão surgiu dos seus méritos dentro de campo. Só faço escolhas no âmbito desportivo. Foi por isso que chamei Benzema. Uma convicção profunda, que não revelarei", afiançou o selecionador campeão do Mundo, em entrevista à RMC Sport.
"Não falámos antes porque não houve momento para isso. Fiquei com a sensação de que a reunião durou muito tempo. O Karim disse-me coisas bastante fortes, mas, depois de três minutos, tudo voltou à normalidade. Durou um bom tempo, umas duas horas", explicou Deschamps, que rejeita falar em "perdão".
"Perdão é uma palavra muito forte. Desde que me tornei selecionador, tive determinadas situações com alguns jogadores, mas nunca fui radical. Acredito naquilo que é bom para a seleção como um todo", rematou.
A França, recorde-se, é uma das adversárias de Portugal na fase de grupos do Europeu. O duelo entre campeões da Europa e campeões do Mundo está marcado para o dia 23 de junho.