De Paul defende Enzo: "A canção é folclore, paródia. Não façam tanto 'show'"
No meio da polémica, da Argentina surgem vozes em defesa da canção discriminatória, homofóbica e racista entoada por adeptos e jogadores da seleção
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Rodrigo De Paul, jogador da seleção argentina que esteve na Copa América, saiu em defesa de Enzo Fernández e minimizou a canção com expressões discriminatórias, racistas e homofóbicas entoada pelos jogadores e pelos adeptos argentinos.
“Cantámos muito a canção da seleção. É folclore. Há um sítio onde acontecem estas canções, em que não se analisam tanto as canções dos estádios. É mais uma paródia do que outra coisa. Depois, compreende-se que as pessoas que sofreram racismo não gostem dela, e há sítios [para se queixarem]. Se um dos colegas de equipa do Enzo se sente ofendido, deve chamá-lo à razão. Não o colocar numa rede social. Há um pouco de malícia ou de querer colocar o Enzo num lugar que não tem nada a ver com isso. É como fazer lenha com a árvore caída. São pessoas que estão sempre connosco no balneário, nas viagens. Há confiança. Telefonas-lhe e é o fim da história. Não façam tanto 'show'. Em defesa de Enzo, a canção é porque ele estava lá, as pessoas cantam-na e não porque seja realmente discriminatória", afirmou, em conversa com o programa de streaming OLGA.
De Paul recordou ainda a recomendação de Messi após a conquista da Copa América: "Quando o jogo com a Colômbia terminou, Messi disse: 'Que ninguém carregue contra ninguém. Vamos celebrar nós'. Acima de tudo, para que isso não ofusque a beleza da conquista. Agora estão a falar do Enzo e não da Copa América."