Rio Ferdinand recordou o jovem Cristiano Ronaldo com quem coincidiu na primeira passagem do astro português pelo Manchester United
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No mesmo dia em que Cristiano Ronaldo celebra 40 anos, Rio Ferdinand recordou os tempos em que coincidiu com o capitão da Seleção Nacional, atualmente no Al Nassr, na sua primeira passagem pelo Manchester United, entre 2003 e 2009.
Num vídeo transmitido pela BBC, o antigo central inglês lembrou que, quando Ronaldo chegou a Old Trafford, era um jovem extremo mais preocupado em entreter o público com fintas do que com marcar golos ou ser decisivo.
“A minha primeira impressão de Ronaldo foi que era um miúdo muito educado, muito humilde. Ele parecia apenas feliz por estar cá, parecia uma criança numa loja de doces. Quando ele foi contratado, focava-se mais em fintas, em entretenimento, em ser o tipo que entretia as bancadas, em vez do produto final. Ele percebeu rapidamente que, para se elevar e ser o melhor, que era preciso haver substância atrás disso tudo e depois vimos a forma como ele foi evoluindo com o passar do tempo. Mas em termos de habilidade, nenhum de nós tinha jogado com alguém assim. O que ele fazia com a bola... Normalmente, víamos malta a conseguir safar-se com coisas daquelas no recreio, mas transferir isso para a Premier League e para a Liga dos Campeões da forma que ele fez, a um nível consistente... é isso que o separa dos outros”, enalteceu.
Ferdinand destacou ainda a forma como CR7, apesar da sua idade, continuar a ter a mesma ética de trabalho e ambição que o acompanhou durante toda a sua carreira.
“O aspeto que se destaca para mim é a sua ética de trabalho. A essência de tudo o que ele faz é a equipa. É isso que as pessoas às vezes falham em entender, pensam que ele, por ser o [jogador] mais bem pago e ser um tipo atraente e que tem muitas coisas finas, é alguém egoísta, mas isso não podia estar mais longe da verdade. Ele é alguém que quer ser lembrado para sempre, não fez nada abaixo de glorioso, reescreveu os livros de recordes em tantas categorias dentro do jogo. Fisicamente, chegou a outro planeta, outra atmosfera. O que ele atingiu e o que está a fazer na sua idade, com a consistência que tem há tantos anos... ele não precisa de provar nada a ninguém. Tem mais dinheiro do que Deus, ganhou mais títulos do que a maioria, é quem tem mais golos... Porque é que ele tem de se levantar de manhã e continuar a magoar-se para ir atrás daquele 1%, para ser o melhor? Ele é simplesmente feito de forma diferente”, completou.