Apenas em 2011 houve uma Copa América com tantos representantes do campeonato nacional - e só não são 12 devido às lesões de última hora de Coates e Ederson. Bryan Ruiz será o primeiro a entrar em ação
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Arranca esta madrugada, nos Estados Unidos - com a seleção anfitriã a defrontar a Colômbia a partir das 2h30 - a edição especial da Copa América, denominada Centenário precisamente por se festejar 100 anos desde que se realizou pela primeira vez a mais antiga competição de seleções. E, a exemplo do que se tem passado nas últimas edições, há motivos de sobra para prender a atenção dos portugueses: desde logo pela presença de dez jogadores que atuaram no nosso campeonato, igualando o máximo verificado em 2011. E podiam ser 12, não fossem as lesões de última hora que impediram o benfiquista Ederson e o sportinguista Coates de representarem Brasil e Uruguai - é preciso recuar até 1987 para encontrar a última edição onde nenhum jogador do nosso campeonato foi selecionado.
O primeiro deste lote a entrar em ação será o sportinguista Bryan Ruiz, capitão da Costa Rica, que enfrenta o Paraguai. A seleção que mais "lusos" integra é, contudo, a do convidado México, com três portistas (Layún, Herrera e Corona) e um benfiquista (Raúl Jiménez). Os astecas fazem parte do Grupo C, onde dividem o favoritismo com o Uruguai, a equipa mais titulada da competição (15). Maxi Pereira, do FC Porto, já era indiscutível da seleção celeste na última conquista, em 2011, o que faz dele o único destes "portugueses" que já venceu a prova.
Legítimas - e históricas - aspirações a sair dos EUA no dia 27 com a conquista da competição alimentam os eternos rivais Brasil e Argentina, ambos com um elemento do Benfica nos seus quadros: Jonas e Gaitán, respetivamente. Ambos participam aqui na primeira grande competição de seleções e, a nível individual, ao goleador brasileiro parece estar destinado um papel de maior protagonismo do que ao extremo argentino: Jonas foi convocado por Dunga para suprir a ausência do lesionado Ricardo Oliveira, que era o titular indiscutível nos planos iniciais do selecionador canarinho. Para já, o avançado do Benfica está a responder presente: no particular frente ao Panamá, marcou na primeira oportunidade que teve (2-0). A Gaitán, por seu lado, está à partida destinado o papel de suplente na Argentina liderada por Messi. A alviceleste procura, de resto, a sua primeira Copa América desde 1993.
De recordar que o Chile é o campeão em título, depois de conquistar a edição do ano passado, onde foi anfitrião. Essa vitória valeu aos chilenos o passaporte para a Taça das Confederações"2017 - o vencedor desta edição não terá direito a tal bilhete. Depois desta Copa América Centenário, o torneio voltará a realizar-se em 2019, no Brasil, recuperando a periodicidade habitual: de quatro em quatro anos.