Abel Campos e Vata, colegas da seleção de Angola no apuramento para o Mundial de 1990, quando jogavam pelo Benfica, acreditam num grande sucesso contra a Nigéria. Elogios múltipolos para Dala e Mabululu
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Mais antigos, Abel Campos e Vata jogaram por Angola nos anos oitentas e noventas e defrontaram a Nigéria no apuramento para o Mundial de 1990, inclusive num jogo que ficou marcado pela morte de Okwaraji, médio nigeriano, que com 25 anos colapsou em campo. Jogava na Alemanha e tinha partido cedo para Itália para jogar na formação do Roma, conseguindo também fazer licenciatura em Direito na capital italiana. Homens com história no futebol angolano, o duo que se conheceu também no Benfica, espera uma boa resposta angolana diante desta Nigéria de José Peseiro.
"Tenho de felicitar o nosso treinador por ter insistindo num grupo, apesar de algumas críticas. Hoje vemos que tem muitos bons jogadores, de reconhecida qualidade. Esta equipa vai muito longe e acho que Gelso Dala e Mabululu estão a ajudar-nos muito a fazer história. Eles têm qualidade para jogar nas melhores equipas da Europa. Acredito que Angola vai deixar pelo caminho a Nigéria", expressou Vata.
Pai do ex-portista Djalma, Abel Campos brilhou no Benfica, e ainda passou por Estrela Amadora, Braga e Alverca. Hoje com 61 anos...também comunga do entusiasmo do povo pelo CAN que os Palancas estão a realizar na Costa do Marfim. "A seleção está a surpreender, depois de uma qualificação difícil, com muitos altos e baixos. Os resultados apareceram agora, têm sido muito bons, acho que houve um trabalho mais profundo e uma decisão rápida dos convocados. E todos responderam com prontidão. A confiança está crescente, desde o empate com a Argélia", elogia, identificando a união entre Dala e Mabululu como uma grande fórmula.
"Curiosamente não há grandes alterações nesta seleção, não era comum era eles jogarem juntos. Está a dar-se esse grande aproveitamento de dois jogadores que se vinham cotando como goleadores nas suas equipas e seus campeonatos. Uma dupla perfeita e estamos ansiosos que confirmem essa veia goleadora", reforça, já lançando olhar ao embate com a Nigéria. "É uma seleção muito forte e sempre candidata mas já teve dissabores frente a Angola. Vamos de cabeça erguida defrontar e derrubar esse gigante de África", aponta o caminho, brincando com Ricky, velho amigo e antigo internacional pelas Super Águias que foi seu colega no Benfica e Estrela Amadora.
"Foi um grande amigo e companheiro. Era um extraordinário ponta-de-lança, agressivo e goleador. Foi um prazer ter estado ao seu lado tanto no Benfica como Estrela. Aprendi muito, quando eu cheguei a Portugal ele já tinha sido profissional no Brasil. Vamos cada um puxar pela sua seleção, dou-lhe um grande abraço e que ganhe o melhor. Que seja Angola!"