Chilavert pede justiça pela morte de Maradona: "Oxalá um procurador prenda quem o explorou"
Antigo guardião paraguaio proferiu declarações controversas numa altura em que a Justiça argentina investiga sete profissionais de saúde por alegada negligência médica no tratamento do ex-futebolista
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José Luis Chilavert, antigo guarda-redes paraguaio, pediu, na passada quinta-feira, que seja apurada a responsabilização criminal dos profissionais médicos que trataram de Diego Maradona porque, na sua opinião, causaram o óbito do antigo futebolista argentino.
"Os médicos que atenderam o Diego deviam estar presos porque se tivessem cuidado bem dele, agora estaria vivo. Oxalá um procurador na Argentina atue e prenda os advogados e médicos que o exploraram. É penoso ver que terminou assim e que ninguém diga nada", afirmou 'Chila', em declarações à revista Sport890.
As declarações do ex-guardião de San Lorenzo, Saragoça, Vélez Sarsfield, entre outros clubes, e outrotra adversário de El Pibe nos relvados, surgem numa altura em que a Justiça argentina investiga sete profissionais de saúde por alegada negligência médica no tratamento dado a Maradona.
O rol de suspeitos é composto pelo neurocirurgião Leopoldo Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov, o psicólogo Carlos Díaz, a médica Nancy Forlini, o coordenador dos enfermeiros, Mariano Perroni e os enfermeiros Ricardo Almirón e Dahiana Gisela Madrid.
Em 27 de fevereiro, as duas filhas de Diego Maradona estiveram a prestar declarações no Ministério Público de San Isidro, em Buenos Aires, após terem sido analisados os telemóveis e porque estavam em contacto permanente com a equipa médica que tratava do malogrado pai.
Diego Armando Maradona, que era treinador principal do Gimnasia de La Plata, morreu em 25 de novembro do ano passado, aos 60 anos de idade, após sofrer uma paragem cardíaca na sua vivenda em Tigre, na província de Buenos Aires, numa fase em que estava muito debilitado.
A carreira de Diego Maradona enquanto futebolista, que durou de 1976 a 1997, ficou marcada pela conquista do Mundial de 1986, no México, ao serviço da Argentina, da Serie A, por uma vezes, e da Taça UEFA, vencidos com a camisola do Nápoles.