O Botafogo somou o seu quinto jogo consecutivo sem vencer, empatando em casa com o Goiás, de Armando Evangelista.
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O Botafogo, treinado por Bruno Lage, empatou na madrugada desta terça-feira em casa com o Goiás (2-2), de Armando Evangelista, permitindo a aproximação do Bragantino à liderança do Brasileirão.
Após a partida, que foi o quarto "tropeção" seguido da equipa no campeonato, o técnico português foi insultado por uma boa parte dos adeptos do "Fogão", que lhe chamaram "burro", ao que respondeu com palmas.
Questionado sobre esse momento em conferência de imprensa, Lage explicou que a crítica faz parte da vida de um treinador, lembrando que o seu antecessor, Luís Castro, também foi alvo de palavras menos bonitas na sua passagem pelo clube.
"A minha primeira mensagem é para estes adeptos, porque neste dia apoiaram-nos, e, hoje, numa segunda-feira de chuva, às 20h00 [hora brasileira], e nós sabemos o quanto é vir aqui, a esta área às 20h00, e voltar à casa às 22h00. Eles voltaram a encher o estádio a apoiaram a equipa do início ao fim. Por isso, têm a minha gratidão em nome de todos, quer do meu nome ou dos jogadores. Independentemente de não conseguirmos os três pontos, estiveram presentes, a apoiar e isso é o mais importante. Eu tenho falado sempre no sentimento de família que se vive aqui. Essa é a palavra que quero deixar para eles, o agradecimento pelo apoio", começou por dizer.
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"Foram palmas de apoio. A massa adepta pode assobiar quem eles entenderem, eu estou a agradecer o facto de continuarem a apoiar a equipa. Eu não tenho cara dupla, não sou hipócrita. Foi o meu agradecimento. Depois, a maneira como eles queiram tratar-me é completamente indiferente. Preferia que fosse noutra situação, mas também para isso temos que conseguir resultados. A nossa vida de treinadores é muito esta. O homem que estava aqui sentado antes de mim [Luís Castro], também lhe chamaram os nomes que chamaram. Por isso, faz parte desta profissão. Se eu não quisesse ter esse impacto, se não tivesse esta responsabilidade, se não me sentisse confortável nesta posição, tinha ficado a treinar os meninos de 8 e 10 anos. Não tem problema nenhum, o adepto tem sempre razão. Se apoiar a equipa, para mim isso é mais do que suficiente para eu agradecer. Isso tem sido fantástico, mais uma vez um estádio cheio, e com o enorme apoio dos adeptos aos jogadores, que é o mais importante", salientou.
Com o empate, o Botafogo somou o quinto jogo seguido sem vitórias em todas as competições, liderando o campeonato brasileiro com 52 pontos, mais sete do que o vice-líder Bragantino, de Pedro Caixinha (45).
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