Botafogo: Artur Jorge para segurar, vendas em cima da mesa e Luiz Henrique quer ficar
John Textor admite que há vários clubes atentos ao treinador português, mas que objetivo é manter a “família” unida. Títulos foram inesperados
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Conquistados o Brasileirão e a Taça dos Libertadores, o objetivo do Botafogo passa, agora, não só pela Taça Intercontinental, como também por segurar Artur Jorge no comando técnico. Ainda nos festejos de um título que fugia há quase 30 anos ao Fogão, o empresário John Textor não escondeu que há muitos clubes atentos ao técnico português mas garantiu que tudo irá fazer para ver o treinador a conquistar mais títulos pelo clube brasileiro.
Empresário não estava à espera de conquistar dois títulos tão importantes em tão pouco tempo e vinca estar “animado”. Fogão já viajou para o Catar, onde vai agora disputar a Taça Intercontinental.
“Toda a gente virá atrás dele, atrás dos nossos jogadores. Podem vir atrás das cozinheiras, que são incríveis, do staff, dos médicos, do pessoal da contabilidade. Toda a gente quer pessoas que façam parte do Botafogo, mas temos de manter a família unida. O nosso treinador tem contrato [até dezembro de 2025], tem um prémio incrível, não acho que seja problema de dinheiro. Agora que tudo acabou, vamos conversar, como sempre conversámos, e vamos resolver as coisas”, afirmou.
Dono do Botafogo desde 2022, o empresário norte-americano admitiu que não esperava ter dois títulos em tão pouco tempo. “Fazemos os discursos que devem ser motivacionais, de que o clube vai chegar ao momento de ganhar campeonatos, que vamos continuar na primeira divisão. Que vamos competir nas competições e tentar títulos. Acreditamos nas nossas ambições e objetivos, claro. É importante definir estes objetivos, mas não posso dizer que realmente acreditava que conquistaríamos estes dois troféus em tão pouco tempo. Ter a ambição não é sinónimo de realmente saber. É muito especial quando finalmente acontece. Aconteceu muito mais cedo do que esperávamos e estamos muito animados com isso. Só tenho de agradecer aos adeptos por acreditarem em mim. Temos uma grande marca aqui no Brasil e prometo que vamos lutar para ficar sempre entre os quatro primeiros lugares e a conquistar títulos durante o resto das nossas vidas.”
“Toda a gente quer pessoas que façam parte do Botafogo mas temos de manter a família unida”
Terminadas as festas, o Fogão vai agora competir na Taça Intercontinental e já viajou até Doha, no Catar, em dois aviões dos New England Patriots, equipa da NFL, para disputar a competição. John Textor é amigo do dono dos Patriots, Robert Kraft, também dono dos New England Revolution, da MLS, e o espaço de cada assento foi o principal motivo da escolha, já que são maiores que o normal. O Botafogo vai medir forças com o Pachuca já amanhã e, em caso de triunfo, defrontará o Al Ahly, do Egito. O vencedor desse encontro vai enfrentar o Real Madrid na final. Ainda que não esconda a satisfação por se poder cruzar com os blancos, o norte-americano pediu cautela. “Sei que as pessoas sonham com uma vitória diante do Real Madrid, mas temos primeiro de pensar em ganhar ao Pachuca. Jogam muito bem no México, estaremos cansados, tivemos muitos festejos. Teremos de estar prontos e recuperados para vencer esse encontro. Já no sorteio para o Mundial de Clubes, estava a rezar para ficarmos no mesmo grupo de PSG ou outros grandes clubes. Gostamos sempre de defrontar os melhores e, nos EUA, teremos a oportunidade de exportar o futebol brasileiro e mostrar o que fazemos”, rematou.
Luiz Henrique pretende ficar
Um dos principais destaques do Botafogo, Luiz Henrique não garantiu que vai ficar mais um ano no clube brasileiro mas admitiu querer representar o Fogão pelo menos até ao Mundial de Clubes. “Não sei se posso dar uma resposta quanto a ficar no Botafogo. O que eu sei é que quero disputar o Mundial de Clubes com esta camisola”, vincou o avançado ex-Bétis.
Vendas em cima da mesa
Alessandro Brito, diretor desportivo do Botafogo, admitiu, em entrevista à ESPN, que existe a possibilidade de serem transferidos vários jogadores do Fogão. “Não são apenas os adeptos que estão preocupados. Nós também estamos, não é fácil substituir jogadores como Luiz Henrique, Igor Jesus ou Thiago Almada. Mas ainda não sabemos de nada. Haverá muitas conversas ”, disse.