Bebeto recorda a O JOGO o Mundial'1994: "Disse a Romário: 'amo-te'"
Bebeto, um dos craques do tetra, parceiro temível de Romário, rebobina emoções e capítulos decisivos como a promessa a Leonardo que não o deixaria ficar como réu, após expulsão com os Estados Unidos.
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O Mundial de 1994 tem marca indelével, mesmo eterna, samba e forró, da dupla Bebeto e Romário. Encantaram na campanha da canarinha com golos e obras letais com estética fio de prumo. Avassaladores em quase todos os jogos, sufocantes para os defesas, até para monstros como Baresi e Maldini, na final. Bebeto, que era rei na Corunha e tinha o talento a ferver junto ao Riazor, encaixou com a sua mobilidade no instinto matador de Romário, então já o baixinho demolidor no Camp Nou. Casamento em prova, oito golos renderam ao escrete, bodas de prata já celebradas e arrufos políticos resolvidos ainda agora num convívio de campeões do mundo. Bebeto e Romário reencontraram-se e O JOGO teve acesso ao primeiro, mais radioso do que nunca, pelo que viveu há 30 anos e pelas memórias terem sido tão bem capitalizadas. São heróis que não se apagam, que conquistaram a imortalidade gravando o tetra no país do futebol.
“Para todos há um sonho. O meu era vestir a camisola do Brasil, sentir esse prazer e ser campeão mundial. Vi a primeira Copa com cinco anos em Salvador da Bahia. Era a época de Rivelino, Pelé, Tostão, Clodoaldo, Gerson ou Jairzinho. Sem eles nós não éramos tetra”, explica Bebeto, que entra em 1994 de prego a fundo, por grande época no Corunha, que perde o título na última jornada, de forma dramática, para o Barcelona, de Romário.