Palavras de Javier Tebas, presidente da LaLiga
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Javier Tebas, presidente da LaLiga, compareceu esta segunda-feira num evento organizado pela agência noticiosa Europe Press, no qual abordou vários tópicos da atualidade do futebol espanhol e internacional, incluindo o combate à pirataria.
Sobre esse tópico em específico, o dirigente espanhol assumiu que a transmissão de jogos de forma ilegal na Internet é mesmo o “principal problema” que o organismo que preside enfrenta neste momento.
“Temos desafios importantes e a pirataria é o grande concorrente que temos. Em 30% do futebol em Espanha, ou pagam menos ou vê-se grátis. Há zonas como a América Latina em que é 60%. É o maior problema que temos atualmente”, começou por dizer.
“O futebol não é caro. O que se passa é que, para veres futebol, tens de ter a Orange ou Teléfonica [empresas de telecomunicações] e tens de ter um pacote de oferta convergente, com banda larga, telemóvel... Mas isso não faz com que seja caro, porque oferecem-te outros serviços, mas o que é futebol são 25 ou 30 euros. É o modelo que há e o querem é estar noutra companhia de telecomunicações e ter futebol. Esse não é modelo de negócio que temos”, apontou.
Tebas defendeu ainda que baixar os preços pagos para ver os jogos da LaLiga na televisão não é uma solução que vá resolver o problema da pirataria.
“Se gostam tanto de futebol, paguem-no com a Telefónica ou Orange, porque com isso fazem mais clientes, é uma estratégia comercial muito respeitada e que tem corrido muito bem ao futebol espanhol durante os últimos anos. Agora o que se está a dizer é: ‘Baixem o [preço do] futebol’. Em primeiro lugar, eu não defino os preços, mas no caso hipotético de que o futebol baixe [de preço], vão-nos garantir que todos os piratas vão deixar de piratear e vão pagar? Os clubes de futebol, a Telefónica ou a Orange vão perder 200 milhões para que as pessoas paguem menos? Vão começar todos a pagar e compensá-lo? Tenho sérias dúvidas disso”, completou.