O jornal desportivo Gazzeta dello Sport avança esta terça-feira o que considera terem sido as cinco razões que conduziram à saída de Paulo Fonseca do Milan, cujo comando técnico passou a ser de Sérgio Conceição
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Falta de empatia
Rumores foram apontando para uma alegada falta de empatia de Paulo Fonseca com a equipa. Com o balneário, no sentido mais amplo do termo. Um treinador que "não consegue entrar na tua cabeça", como relataram alguns jogadores, recorda a Gazzetta dello Sport.
As "batalhas" com as estrelas
As "batalhas" com as estrelas do plantel. Jogadores de peso como Rafael Leão e Theo Hernández colocados "de castigo" como alunos repreendidos. Uma abordagem bastante arriscada, porque são dois dos ativos mais valiosos da equipa. Demasiados jogos no banco não favorecem o valor de mercado dos jogadores, escreve o jornal italiano.
Lavar a roupa suja" fora de casa
Paulo Fonseca decidiu "lavar a roupa suja" fora de casa, trazendo-a da esfera privada para a praça pública, colocando alguns jogadores sob pressão mediática quando considerou necessário. Mas sem receber grande apoio por parte da direção. Pelo contrário. O desabafo após o jogo contra o Estrela Vermelha não foi bem recebido e o mesmo aconteceu com as críticas à arbitragem após a partida contra a Atalanta. Neste caso, o técnico foi desmentido em poucas horas por Ibrahimovic.
As fragilidades defensivas
A Gazzetta dello Sport refere que em termos estritamente ligados ao jogo, as fragilidades defensivas (não apenas do setor, mas de toda a fase defensiva) são o maior problema que Paulo Fonseca deixa. Nas primeiras 24 partidas da temporada, o Milan sofreu golos devido a erros flagrantes, tanto individuais como na interpretação coletiva.
O medo roubou a criatividade
Em resumo, diz o jornal desportivo italiano, Paulo Fonseca deixa um Milan praticamente oposto àquilo que pretendia construir. Queria uma equipa feroz e dominante, deixa um conjunto frágil, perdido e preso a uma interminável sucessão de passes para trás e dribles mal executados. "O medo roubou a criatividade e a responsabilidade daqueles que tinham o potencial para assumir o protagonismo e carregar os colegas nos ombros", conclui.