Técnico português disse que o Botafogo fez um "belíssimo jogo" em que só pecou na finalização, salientando os mais de 30 remates que a sua equipa fez na primeira mão dos quartos de final da Taça Libertadores
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O Botafogo, treinado por Artur Jorge, empatou na madrugada desta quinta-feira em casa com o São Paulo (0-0), na primeira mão dos quartos de final da Taça Libertadores.
Após a partida, em que o “Fogão” chegou ao apito final com mais de 30 remates realizados, seis dos quais à baliza, o técnico português admitiu ter ficado frustrado com o resultado, mas salientou o “belíssimo jogo” da sua equipa, dizendo que só pecou na finalização.
“Hoje o problema que nós tivemos foi porque tivemos uma equipa que veio procurar apenas isso, defender o resultado e jogar com 11 homens atrás. Mas nós fizemos aquilo que nos competia, fizemos um belíssimo jogo. Nós fizemos um jogo que era suficiente para ganhar, se tivéssemos tido mais eficiência no que conseguimos construir. E naturalmente que, para nós, é mais frustrante este resultado do que propriamente para quem veio para não perder. Nós procuramos jogar para ganhar. Hoje a nossa exigência é cada vez maior também. E a nossa exigência, não tendo ganho, mesmo tendo uma superioridade tal, em função daquilo que são 65% de posse de bola, 30 finalizações na área adversária, duas bolas na trave... já diz tudo que do que tivemos durante toda a partida”, enalteceu.
“Mas a verdade é que aquilo que nós procuramos e aquilo que era importante para o jogo, que era ganhar, não conseguimos. Mas estamos numa eliminatória, nos quartos de final, onde o equilíbrio e aquilo que é a exigência numa eliminatória não se mede num jogo só, mede-se em dois. E nós hoje tivemos o primeiro desafio cá, fomos superiores, e vamos tentar ser superiores também na próxima quarta-feira [madrugada de quinta, em Portugal, à 1h30] em São Paulo, para podermos ganhar o jogo e passar à eliminatória, porque é o nosso objetivo”, prosseguiu, em conferência de imprensa.
Nesse sentido, Artur Jorge garantiu que este nulo não o preocupa demasiado, referindo que os jogos fora de casa, por norma, são aqueles em que o “Fogão” tem conseguido demonstrar uma maior força de superação na presente época.
“Não causa preocupação maior o facto de nós levarmos daqui este 0-0, que deixa tudo igual para o segundo jogo. O facto de jogarmos fora de casa tem sido também onde nós conseguimos, na grande maioria destes jogos, ser motivo de superação. Não tem sido um problema muito grande para nós. Obviamente que eu queria hoje sair daqui com vantagem, acho que fizemos o suficiente. Era justo pelo que fizeram que eu conseguisse sair daqui com essa vantagem, mas não aconteceu e nós temos de olhar para aquilo que é o futuro. Aquilo que está no passado, não podemos alterar. Temos de nos preparar e estar, acima de tudo, positivos para aquilo que vamos ter pela frente”, concluiu.