Astro egípcio estava em final de contrato com o Liverpool e renovou esta sexta-feira, com o seu treinador a deixar-lhe muitos elogios e a refletir sobre a importância dos extremos no futebol moderno
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Arne Slot, treinador do Liverpool, reagiu esta sexta-feira à renovação de Mohamed Salah, que estava em final de contrato e oficializou a sua permanência no atual líder da Premier League, como se espera que aconteça em breve com Virgil van Dijk.
Em conferência de imprensa de antevisão ao jogo em casa que terá com o West Ham (domingo, às 14h00), o técnico neerlandês começou por deixar grandes elogios à qualidade e consistência do astro egípcio, de 32 anos, considerando que "não há espaço para melhoria” no seu jogo.
“Se eu me colocar nos pés de um jogador que queiramos contratar, é sempre agradável poder dizer-lhes que Salah estendeu o seu contrato. Isso ajuda, mas o que ajuda mais é o facto de termos mantido um jogador de qualidade, que marcou tantos golos por nós há sete ou oito anos seguidos. Estamos sempre a tentar atingir mais enquanto equipa e individualmente, mas se jogas pelo Liverpool, estás perto de chegar ao máximo das tuas qualidades. Não há muito espaço para melhoria para Mo ou outros jogadores, tentamos apenas chegar à perfeição. Tentamos retirar o máximo dos jogadores e encontrar aquele um ou dois por cento extra. Mas é claro que Mo está a chegar ao fim, não da sua carreira, mas em termos da sua habilidade. Esta época conseguimos retirar quase o máximo das suas qualidades”, enalteceu.
Ao mesmo tempo, Slot também refletiu sobre a importância de jogadores como Salah, que soma 32 golos e 22 assistências em 45 jogos disputados esta época pelo Liverpool, no futebol atual.
“Se eu olhar para todos os extremos do mundo, não vejo ninguém a jogar sempre mais do que os seus adversários durante os 90 minutos. Se és um extremo, tens de ser criativo e isso é o mais difícil do futebol, especialmente contra os blocos baixos que vários extremos enfrentam hoje em dia. É normal que percas a bola de vez em quando ou que falhes numa ação, mas, no geral, Moh tem muito impacto no nosso jogo com os seus golos e assistências, mas não só. Ele é uma grande ameaça, mas não é a única e os extremos são cada vez mais importantes no futebol moderno, porque as equipas estão a jogar com blocos cada vez mais recuados do que antes. Se virem Raphinha, Lamine Yamal, Kvaratskhelia, Desiré Doué, Bukayo Saka ou Gabriel Martinelli, eles são todos capazes de abrir espaços no último terço e criar oportunidades. É isso que Mo faz por nós”, completou.