Médio da seleção portuguesa destaca a qualidade do grupo.
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O médio André Almeida, da seleção portuguesa de sub-21 de futebol, garantiu que os jogadores que compõem o grupo estão à altura da responsabilidade inerente a uma presença num Europeu da categoria.
"Temos a responsabilidade de transmitir aquilo que Portugal representa, aquilo que os jogadores têm de sentir em campo e temos um grupo muito bom e acho que não é preciso que nós, os mais velhos, tenhamos de transmitir isso aos mais novos, pois eles também sabem onde estão", declarou André Almeida, em conferência de imprensa.
André Almeida mostrou-se de acordo com a avaliação feita a Portugal, como uma das melhores equipas que vai disputar o Europeu de sub-21, cuja 24.ª edição se realiza na Geórgia e Roménia, entre 21 de junho e 8 de julho, mas não se deixa deslumbrar e aponta ao trabalho árduo até à realização do Europeu.
"Qualidade não falta ao grupo, sabemos que é difícil, no futebol tudo pode acontecer, há vários aspetos no jogo nos quais a melhor equipa não ganha ou os melhores jogadores, mas penso que se estivermos focados podemos chegar muito longe na competição e projetar jogo a jogo é muito importante", disse.
André Almeida é profundo conhecedor do espaço que representa a seleção de sub-21 e mostrou-se entusiasmado por disputar a fase final do torneio continental, no culminar de uma passagem pelas seleções nacionais jovens na qual representou todos os escalões existentes, desde os sub-15 até aos sub-21, que atualmente defende em vésperas de realizar um Europeu da categoria.
Comedido nas palavras mas concentrado na tarefa a que se propõe, o centrocampista que alinha no Valência, de Espanha, aposta no espírito coletivo para que Portugal possa ultrapassar várias seleções que, tal como o conjunto luso, ambicionam o título europeu do escalão.
"Claro que estou num espaço que tem muita visibilidade e vou dar o meu melhor. Espero contribuir para ajudar sempre a equipa", vincou o médio de 23 anos, um dos mais experientes da equipa nacional sub-21 que deixou constantes e vincados elogios à capacidade da equipa e de cada um dos "eleitos" de Rui Jorge para o Europeu.
Integrado num grupo de jogadores que não conta com Gonçalo Inácio, António Silva, Vitinha e Gonçalo Ramos, que estarão às ordens da seleção principal, ou os lesionados João Mário, Tiago Djaló e Tomás Esteves, o médio destacou a experiência acumulada por cada um dos jogadores convocados.
"Penso que as nossas experiências nos ajudam. Na maior parte da época estamos nos clubes e podemos jogar contra os melhores jogadores, o que nos dá mais experiência. Evoluímos mais e isso faz com que nos tornemos mais fortes e evoluamos como grupo", constatou, por fim, a jovem esperança portuguesa, dando o caso - atua na principal Liga espanhola - como exemplo.
Seguiu-se o primeiro treino da concentração da equipa nacional, que contou com 23 dos 25 jogadores inicialmente convocados, incluindo Francisco Conceição e Afonso Sousa, que recentemente ultrapassaram condicionalismos físicos e treinaram sem limitações.
Os ausentes da sessão de trabalho foram Fábio Vieira, autorizado a juntar-se ao estágio no dia 14, e David da Costa, que contraiu uma lesão que o impedirá de integrar a lista final e, consequentemente, de disputar o Europeu.
A 24.ª edição do campeonato da Europa de sub-21 vai ser disputada em três cidades da Geórgia e duas da Roménia, de 21 de junho a 8 de julho, com Portugal ainda em busca do seu primeiro êxito nesta categoria, após as derrotas nas finais de 1994, 2015 e 2021.
A equipa das "quinas" cumprirá os três desafios do Grupo A na capital da Geórgia, Tbilisi, sempre às 20:00 locais (17:00 em Lisboa), defrontando os anfitriões, que se estreiam na prova (21 de junho), os Países Baixos, campeões em 2006 e 2007, (24) e a Bélgica (27).
Portugal precisa de terminar numa das duas primeiras posições da "poule" para aceder à fase seguinte do Europeu de sub-21, que reúne 16 finalistas pela segunda vez seguida e cuja decisão está prevista para 8 de julho, na Adjarabet Arena, em Batumi, na Geórgia.
Em disputa vão estar ainda três vagas para os Jogos Olímpicos de Paris'2024, das quais se excluem a França, apurada automaticamente como anfitriã, e a Inglaterra, inelegível.
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