"Alemanha? As pessoas têm criado um drama, mas eu vejo de forma diferente"
Declarações de Lukas Podolski, avançado alemão, em entrevista ao jornal AS.
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Ainda continua a jogar na Polónia, onde tudo começou: "Bom, o meu corpo continua a querer lutar e a ter fome de futebol. Estou a divertir-me e vou continuar durante uns tempos. Eu tenho o apoio da minha família e sinto-me bem depois de cada sessão de treinos. É por isso que adoro este desporto. Tornar-me num jogador profissional de futebol foi um sonho e não sei porque teria de desistir dele. Quanto tens uma lesão ou te sentes cansado, tudo bem, mas eu não quero parar. Eu sinto-me bem. Além disso, estou aqui no Górnik Zabrze, o clube da cidade onde tudo começou para mim. É algo muito especial e estou feliz".
Derrota da Alemanha com o Japão: "É claro que as pessoas têm estado a criar um drama sobre isso, mas eu vejo-a de uma forma diferente. Tivemos o controlo do jogo durante muito tempo e várias oportunidades de golo. Mas jogos destes acontecem em todas as competições. Controlas o jogo, tens oportunidades que não concretizas, um bocado de falta de sorte e, ao final, fazes um par de erros que te custam o jogo. Mas eu não dramatizo tanto o resultado como a imprensa alemã. Tivemos falta de sorte em várias situações e não marcámos, isso foi o problema. Não teve nada a ver com táticas. Se virem as estatísticas do jogo, apercebem-se de que a Alemanha dominou. Isto não é uma Liga, só há três jogos, daí só interessar o resultado. O Japão também tem qualidade suficiente para marcar golos, como aconteceu".
Talvez com um Podolski em campo... "Tenho saudades dos velhos tempos, fui muito feliz... Mas também sinto falta da energia da cultura alemã, daquela união. Temos de entrar em campo famintos para defender a baliza e marcar golos. É disso que sinto falta na atual seleção. Tens de ter esse desejo em cada jogo que fazes. Acho que faltou isso contra o Japão. Não tivemos fome suficiente para marcar outro golo e não tivemos fome suficiente para defender a baliza da melhor forma. E depois o resultado... Mas claro, com o pé esquerdo de Lukas Podolski, o jogo teria sido resolvido de uma forma diferente".
E agora vem aí a Espanha: "Será um jogo muito diferente. Ambos os lados têm jogadores de classe mundial. Estamos sempre próximos uns dos outros. Lembro-me de quando perdemos no Euro'2008 contra eles e nas meias-finais do Mundial de 2010 também perdemos por um golo. Estes jogos são sempre equilibrados, mas este será diferente. Eu não acho que a Espanha vá estacionar o autocarro, será um jogo aberto e a Espanha também vai querer ganhar. Será muito interessante e haverá muita qualidade dentro de campo".
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