Cruzeiro venceu o Palmeiras e ultrapassou a formação de Abel na vice-liderança do Brasileirão, mas Leonardo Jardim aponta que o objetivo do seu clube não é lutar pelo título, mas sim regressar à Taça Libertadores na próxima época
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O Cruzeiro, de Leonardo Jardim, venceu na madrugada desta segunda-feira o Palmeiras, de Abel Ferreira, por 2-1, em casa, num duelo de treinadores portugueses referente à 11.ª jornada do Brasileirão.
Com a vitória, que surgiu graças a um bis madrugador de Kaio Jorge (2’ e 4’), contra apenas um golo tardio de Allan (87’), a “Raposa” ultrapassou o “Verdão” - que caiu para quarto - na vice-liderança do Brasileirão, estando a apenas um ponto do líder Flamengo (24).
Apesar disso, Jardim apontou em conferência de imprensa que o objetivo do Cruzeiro não é lutar para ser campeão, mas sim garantir a qualificação para a Taça Libertadores (primeiros quatro lugares dão acesso direto) na próxima temporada.
“Queremos ser competentes a cada jogo e respeitar o adversário, seja o Vitória na próxima jornada, seja o Flamengo, seja o Palmeiras. E depois verificar se essa competência que colocámos durante o campeonato, o que é que nos vai dar. Não é agora, na 11ª ronda, que vamos mudar aquilo que são os nossos objetivos. O grande objetivo do clube é voltar à Libertadores. O Cruzeiro é uma equipa que está a crescer, está a evoluir, mas como no início não éramos candidatos a descer, agora também não somos os candidatos a ganhar o campeonato”, vincou.
“O Cruzeiro entrou muito forte no jogo, chegou com alguma facilidade até o 2-0, com pressão e com as bolas paradas, que eram um problema que tínhamos, mas que nunca deixámos de trabalhar. Eu hoje disse aos jogadores que o trabalho paga, porque nós trabalhamos as bolas paradas e não andávamos a ser muito produtivos, mas hoje acabou por dar os dois golos e isso foi muito importante, ter essa vantagem no marcador”, salientou ainda.
Por outro lado, Abel considerou que a derrota do Palmeiras – primeiro adversário do FC Porto no Mundial de Clubes – foi justa e lamentou a entrada em falso da sua equipa no jogo.
“É muito difícil dar resposta quando em três minutos sofres dois golos. Concordo que o Cruzeiro fez marcação alta, foi competitivo, foi agressivo e foi melhor. Não há muito para dizer quando sofres dois golos em três minutos. Isso condiciona muito a parte estratégica e anímica e não é normal, mas acontece nos jogos. Somos fortes nas bolas paradas, mas não conseguimos fazer como se fosse nos outros jogos. Devíamos e podíamos ter entrado mais ligados no jogo mais rapidamente. O nosso adversário foi um justo vencedor. Tivemos algumas dificuldades, não conseguimos entrar no jogo mais cedo. Uma pena o nosso golo não ter entrado antes”, analisou.