A propósito dos duelos portugueses: "Tivemos uma grande relação, mas acabou"
Em 2018, Mourinho garantiu que Carlos Carvalhal, agora técnico do Rio Av,e merecia o prémio de treinador do ano por salvar o Swansea, mas o clube acabou despromovido. Já com o ex-adjunto André Villas-Boas o clima azedou...
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Nome incontornável da expansão do treinador português por todo o planeta, José Mourinho protagonizou algumas das histórias mais curiosas dos duelos entre treinadores lusitanos no estrangeiro.
Entre chamar "um bom rapaz e amigo" a Marco Silva antes de um Man. United-Everton e elogiar o "trabalho fantástico" do ex-pupilo Nuno Espírito Santo antes de receber os Wolves, o Special One deu verdadeiramente nas vistas após um embate contra o Swansea de Carlos Carvalhal, em março de 2018. O United de Mourinho venceu os galeses por 2-0 e, em plena conferência de Imprensa, convidou o compatriota a sentar-se ao seu lado para o encher de elogios. "Merecia ser o treinador do ano da Premier League. Pegou num Swansea morto e vai conduzi-lo à manutenção", afirmou Mou. Problema? O Swansea haveria de descer no final da época.
O reverso de uma história de respeito e elogios ocorreu com André Villas-Boas, antigo membro da sua equipa técnica. Antes de um Tottenham-Chelsea em 2013, Mourinho não quis comentar a relação que mantinha com o antigo colega, mas este fez questão de "incendiar" a partida. "Mourinho? Tivemos uma grande relação a nível pessoal e profissional, mas isso acabou. Não estava para ser o número 2 dele durante toda a minha carreira", afirmou Villas-Boas, à época. O assunto "resolveu-se" no relvado de White Hart Lane com um frio e rápido aperto de mão antes do apito inicial.
Uma discussão das arábias e um "presente" grego
Mais recentemente, em 2018, na Arábia Saudita, Pedro Emanuel e Jorge Jesus envolveram-se numa acesa discussão em pleno relvado após o empate entre o Al-Taawon e o Al-Hilal (2-2). Esta obrigou o árbitro a intervir e, de acordo com a versão do primeiro, terá sido sanada nos balneários, quando os ânimos já estavam menos exaltados. Já em 2015, Sá Pinto, então ao serviço do Atromitos, decidiu bater com a porta após perder com o Olympiacos de Vítor Pereira (2-1). Dias mais tarde, o treinador luso justificou a saída com a "pouca ambição" do clube no mercado de janeiro, que deitou por terra as aspirações de lutar pelos lugares cimeiros da liga grega.