Castigo de Nehuén abre porta da titularidade ao central que mais passes faz para o último terço e menos apuros corre no meio-campo defensivo. Camisola 97 foi a escolha inicial em dois jogos desde que Martín Anselmi assumiu o leme portista (Sporting e Farense), tendo dado resposta positiva em ambos.
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Admoestado com o quinto cartão amarelo na I Liga 2024/25, Nehuén Pérez vai falhar a receção de amanhã (20h15) ao V. Guimarães, com Zé Pedro a perfilar-se como provável substituto do argentino nas opções iniciais de Martín Anselmi. E, na sequência de um jogo em que o FC Porto denotou dificuldades na construção desde o setor defensivo, o português de 27 anos promete dar algo de diferente nesse capítulo, tão importante no atual modelo portista. Isto, porque o camisola 97 é, entre os quatro centrais já utilizados - Marcano fica de fora desta contabilidade -, o que mais arrisca em termos de passe e o que menos riscos corre no meio-campo defensivo, pelo menos em termos percentuais.
Passamos a explicar: tendo como base os dados da plataforma “Wyscout”, Zé Pedro é o central dos dragões que mais passes para o último terço faz, apresentando uma média de 10,8 a cada 90 minutos. A eficácia situa-se nos 74 por cento. Neste item, Tiago Djaló acerta 75% dos passes que faz, mas fica muito atrás do compatriota nas tentativas: apenas 5,1. No que toca a passes progressivos no geral, é Otávio (28,6) quem leva a dianteira - Zé Pedro surge logo depois (25,7) -, mas o 97 dá nas vistas noutro parâmetro, o da segurança na posse e no passe. Somente 36% das perdas de bola registadas por Zé Pedro acontecem no meio-campo defensivo. Aí, quem mais peca é Djaló, que perde quase metade (49%) em zona perigosa para a baliza portista.