Villas-Boas explica convite: "É fruto da amizade do presidente Pinto da Costa com Joaquim Oliveira..."
Declarações de André Villas-Boas, candidato às eleições do FC Porto - a 27 de abril -, em entrevista à RTP
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Falou há pouco da academia, de Gaia como defende ou Maia como defende a candidatura de Pinto da Costa, é uma coisa que os tem dividido. Hoje, o Benfica, Sporting e até mesmo o Braga têm condições melhores do que o FC Porto a esse nível. O projeto de redimensionamento do Olival não é pouco ambicioso?
Repare que nós em 2022, quando iniciamos este projeto desta candidatura, não havia conversas sobre a academia da Maia, o FC Porto estava em vias de tentar rescindir um contrato que tinha assinado para construir uma academia em Matosinhos. Portanto, nós queríamos resolver imediatamente os problemas infraestruturais do FC Porto com a criação de um novo espaço e para nós fazia sentido, do ponto de vista da unidade, ou seja, a formação e o futebol profissional estarem juntos, colocá-lo em Gaia e também do ponto de vista do custo e da operação e da velocidade de execução dessa operação. Daí que encetámos os contactos necessários para encontrar terrenos no Olival e encontramos dois terrenos e acabamos por fechar um, que estava nas mãos da família Amorim. É um contrato de promessa de compra e venda que está assinado comigo e que depois será pegado pelo FC Porto, cedendo a minha posição ao FC Porto. Eu acho que é importante dizer o seguinte, as duas unidades juntas, normalmente em termos de futebol, obedecem a 10 campos relevados, o que é o 'benchmark' europeu para uma cidade de futebol igual ao que têm os clubes europeus.
Há uma dúvida que tem sido motivo até de alguma polémica, o apoio do empresário Joaquim Oliveira, que Pinto da Costa diz que é um inimigo do clube. Porquê que Joaquim Oliveira é seu apoiante?
Decidi convidar Joaquim Oliveira para a minha apresentação no dia 17 de janeiro. Tive muito gosto em convidá-lo, é uma pessoa com a qual me relacionei mais nos tempos em que estava no FC Porto, também fruto da amizade do presidente Pinto da Costa com o Joaquim Oliveira. Tem que lhe perguntar a ele porque é que vê como um inimigo. Isso só é uma coisa que pode ser esclarecida entre os dois, a única coisa que é importante esclarecer é que isto não tem nada a ver...
Pinto da Costa fala dos direitos televisivos, não é?
Pois, se calhar naturalmente o presidente não tem acompanhado a liga sobre a centralização e as suas implicações e o que tem a ver com a liga centralização e com o decreto-lei do Governo para centralizar os direitos televisivos. A única coisa que falta definir é a chave de repartição relativamente ao futuro, onde o presidente da Liga, Pedro Proença, garantiu que os clubes não iam perder valor.